**O cliente sempre tem razão?**
Juridicamente, o cliente (consumidor) **nem sempre tem razão**. Nem todos desejos e interesses do comprador estão amparados em norma jurídica. Não basta o **bom senso** para deduzir que existe direito em favor do consumidor.
Muitas vezes, com base em **critério pessoal** do que é **justo**, acredita-se possuir direito a **exigir** determinado comportamento do vendedor, do gerente da loja, ou do responsável pelo comércio eletrônico. Ocorre que nem sempre a noção subjetiva do justo e razoável corresponde à solução conferida pela lei.
**Antes de bater no peito**, proclamar que é consumidor e, por exemplo, exigir a imediata devolução do dinheiro ou a troca do produto, **seria bom ter uma noção** mínima do que a lei estabelece sobre o assunto.
De outro lado, num mercado cada vez mais **competitivo**, com as marcas e lojas brigando por cada venda, o cliente sempre tem razão! Sob este enfoque, um consumidor contrariado não volta mais e, ainda, pode propagar pelas redes sociais sua crítica de consumo – **ainda que injusta**.
Como fornecedores e consumidores devem ser comportar diante dessa relatividade de concepções? No **meio termo aristotélico**. O vendedor não deve se prender rigorosamente ao que diz a lei para negar o pedido do consumidor, mas também não pode ceder a **caprichos e exageros**. O consumidor precisa se informar sobre seus direitos, ter cautelas em suas exigências e **agir com boa-fé**.