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Padre Kelmon é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo

Controverso em 2022, ele volta agora para disputar o comando da maior cidade do país
Padre Kelmon é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo
Em 2022, Kelmon usou o debate na TV para criticar a esquerda, fazer tabelinha com Bolsonaro e travar embates com Lula e a senadora Soraya Thronicke / Foto: Reprodução/X

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O ex-candidato à Presidência da República em 2022 Padre Kelmon lançou nesta terça-feira (30) sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. O anúncio foi feito por meio de sua assessoria de imprensa. Um dos temas mais discutidos nas redes sociais durante e após o debate de candidatos em primeiro turno em 2022, transmitido pela TV Globo em 29 de setembro, Kelmon quer agora ser prefeito da maior cidade do país seguindo a mesma linha de defesa de valores conservadores de dois anos atrás.

Apontado como responsável por tumultuar os debates de candidatos à Presidência da República em setembro de 2022, o então candidato do PTB – partido de Roberto Jefferson – se apresentava como sacerdote da Igreja Ortodoxa do Peru. Nos debates, não expôs propostas, preferindo usar seu tempo na TV para criticar a esquerda, fazer tabelinha com Bolsonaro e travar embates com Lula (PT) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos).

Ao vivo, chamou o agora presidente da República de “cínico”, “ator” e “mentiroso”. Em resposta, o petista disse que ele não era padre e estava “fantasiado”. Já Soraya, que o definiu como “padre de festa junina”, se dirigiu a Kelmon como “candidato padre” após confundir seu nome e chamá-lo de “Kelson” e “Kelvin”.

Natural de Acajutiba, município a cerca de 185 km de Salvador, Kelmon, de 46 anos, apresenta-se como padre e membro da Igreja Ortodoxa, apesar de não ter sua ordenação reconhecida pela representação eclesiástica no Brasil.

Em dezembro de 2022, Kelmon foi desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. A informação foi divulgada, em nota da instituição, publicada nas redes sociais e assinada pelo arcebispo metropolitano no Peru e autoridade máxima da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, Mor Francisco Ángel Ernesto Móran Vidal. Também assinam o documento o vigário episcopal no Brasil, Mons. Miguel Phellype Thiago Martins.