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Oscar: Danielle Deadwyler cita racismo e misoginia

**Danielle Deadwyler** diz que o **racismo** e a **misoginia** desempenharam um papel fundamental nas indicações ao **Oscar** deste ano, no qual ela e **Viola Davis** foram **negligenciadas** na categoria de _melhor atriz_. Quando se esperavam as indicações, divulgadas no mês passado, Deadwyler foi amplamente vista como uma provável indicada por sua atuação elogiada como Mamie Till-Mobley em _Till – A Busca por Justiça_, que entrou em cartaz na quinta-feira passada, dia 9, nos cinemas brasileiros. Mas a categoria de _melhor atriz_, talvez a mais concorrida deste ano, não saiu como o esperado: tanto Deadwyler quanto Davis ficaram de fora.

Viola Davis, quatro vezes **indicada** ao Oscar e uma vez vencedora por sua atuação em _Um Limite entre Nós_, foi celebrada pelo épico histórico _A Mulher Rei_. Deadwyler foi indicado ao _Screen Actors Guild Awards_ e ao _Bafta_ (o prêmio do cinema inglês) na corrida para as indicações ao Oscar, e ganhou o prêmio de melhor atuação principal no _Gotham Awards_.

![Foto: Reprodução/Instagram](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Snapinsta_app_1080_327157646_504348628492095_3552900925290416029_n_07c6fc5465.jpg)

O fato de duas atrizes negras proeminentes estarem entre os **desprezos** mais marcantes foi visto por alguns como um reflexo do **preconceito racial** na indústria **cinematográfica**. No dia seguinte às indicações ao Oscar, a diretora de Till, Chinonye Chukwu, postou no Instagram: _”vivemos em um mundo e trabalhamos em uma indústria que são tão agressivamente comprometidas em defender a brancura e perpetuar uma ‘misoginoir’ descarada em relação às mulheres negras”_.

‘_Misoginoir_’, termo cunhado pela autora e **ativista feminista negra** Moya Bailey, refere-se à misoginia e ao preconceito **dirigido** às mulheres negras.

Questionada sobre sua **reação** a esse comentário em um episódio do podcast _Kermode & Mayo’s Take_, postado na sexta-feira, Danielle Deadwyler concordou fortemente com **Chukwu**. _”Estamos falando de pessoas que talvez tenham optado por não ver o filme – estamos falando de ‘misoginoir’ – como se viesse de todas as formas, seja direta ou indireta”_, disse Deadwyler. _”Isso impacta quem somos.”_

![Foto: Reprodução](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/till_a_busca_por_justica_800x445_8dff6bdd7e.jpg)

>”Acho que a questão é mais sobre as pessoas que vivem na branquitude, a avaliação dos brancos sobre os espaços pelos quais são privilegiados”, acrescentou Danielle Deadwyler. “Vimos que existe na esfera governamental – pode existir na social, seja global ou nacional”.

O fato de Deadwyler e Viola Davis terem sido esquecidas em uma indicação ao Oscar é parte do que alimentou a **reação** inicial à campanha popular repleta de estrelas para a atriz Andrea Riseborough. Depois de uma série de exibições de **celebridades** (uma característica regular da temporada de premiações de Hollywood), Riseborough inesperadamente conseguiu uma indicação por sua atuação no drama independente _To Leslie_, ao lado de Michelle Yeoh (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo), Cate Blanchett (Tár), Ana de Armas (Blonde) e Michelle Williams (Os Fabelmans).

Depois que a **Academia de Artes e Ciências Cinematográficas** anunciou uma **investigação** sobre a campanha de Andrea Riseborough, não encontrou razão para **rescindir** sua indicação ou tomar qualquer outra ação – embora Bill Kramer, presidente da academia, tenha dito que algumas mídias sociais e táticas de campanha de divulgação “causaram preocupação.”

Mas a conversa continuou sobre como **dinheiro, raça, status e conexões** podem influenciar as campanhas de **premiação**. A diretora de _A Mulher Rei_, Gina Prince-Bythewood, disse no início desta semana que questionou como as pessoas na indústria cinematográfica estão usando seu capital social.

>”As pessoas gostam de dizer: ‘Bem, Viola e Danielle tinham estúdios por trás delas.’ Mas vimos claramente que o capital social é mais valioso do que isso”, disse Prince-Bythewood ao The Hollywood Reporter. “Esse tipo de poder é exercido de forma mais casual nos círculos sociais, onde as pessoas são seus amigos ou conhecidos. Pode haver diversidade em seus sets, mas não em suas vidas. E nós, mulheres negras nessa indústria, não temos esse poder.””As pessoas gostam de dizer: ‘Bem, Viola e Danielle tinham estúdios por trás delas.’ Mas vimos claramente que o capital social é mais valioso do que isso”, disse Prince-Bythewood ao The Hollywood Reporter. “Esse tipo de poder é exercido de forma mais casual nos círculos sociais, onde as pessoas são seus amigos ou conhecidos. Pode haver diversidade em seus sets, mas não em suas vidas. E nós, mulheres negras nessa indústria, não temos esse poder.”

Deadwyler, a quem a _Associated Press_ **nomeou** um dos artistas inovadores do ano passado, disse no podcast que era responsabilidade de todos garantir um campo de jogo **igualitário**.

>”Ninguém está isento de não participar do racismo e de não saber que existe a possibilidade de seu efeito prolongado nos espaços e na instituição”, disse a atriz.

_Fonte: Associated Press._

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