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Os fascínios da Suíça sob trilhos: a experiência de cruzar o país

Com bilhete único é possível cruzar o país numa jornada panorâmica, sustentável e luxuosa

Suíça: uma região montanhosa no coração da Europa Central, reconhecida como um dos países mais desenvolvidos e com maiores índices de qualidade de vida do mundo para os seus 8,7 milhões de habitantes. Marcada pela diversidade linguística, pelo alto percentual de estrangeiros e pela moderna economia, concentrada especialmente em indústria e serviços, a Suíça compartilha fronteira com França, Alemanha, Áustria, Itália e o principado de Liechtenstein.

Em sua geografia, um quebra-cabeça fragmentado que acaba por contribuir com um ecossistema riquíssimo e próximo aos centros urbanos. Do Planalto aos Alpes, as mais belas paisagens. E, em meio a elas, cerca de 1,5 mil lagos e quilômetros de rios, formando uma espécie de depósito de água no centro do continente. Por esse motivo, o país é chamado de o castelo d’água da Europa. 

Em números, os Alpes representam cerca de 58% do território, o Planalto 31% e o Jura, 11%. Nada menos que 48 picos culminam a mais de 4 mil metros. Embora as cordilheiras ocupem boa parte, apenas um quarto da população vive nessa área. Assim, o país se divide em áreas agrícolas, áreas urbanas e os espaços ditos improdutivos, tais como geleiras e rochedos. 

Desse modo, fica mais simples entender por que este pequeno país, sem saída para o mar, tem a rede de transporte mais densa já existente. O que levou os suíços a construírem linhas férreas a altíssimas altitudes e rotas panorâmicas com longa tradição, que são um dos maiores destaques do turismo mundial.

Por ser um país onde é fácil e agradável se locomover, os suíços são o povo que mais viaja de trem no mundo, pois percorrem cerca de 2,4 mil quilômetros por ano. As ferrovias descortinam espetaculares cenários de montanha, passam à beira de geleiras azuladas, lagos cristalinos, vinhedos, vilarejos e vales idílicos.

Foto: Cortesia

Como funciona

Em 1847, a linha Spanisch-Brötli (pãozinho espanhol), entre Baden e Zurique, tornou-se a primeira ferrovia a operar na Suíça. Foi o início de uma era de desenvolvimento industrial, tecnológico, territorial e social. Hoje, o transporte público é uma malha inter regional de conexões, incrivelmente cronometrada entre ferrovias, ônibus, bondes, funiculares, barcos, gôndolas e trens de montanha. 

Turistas e suíços podem comprar um bilhete único chamado Swiss Travel Pass, com durabilidade de três a 15 dias, escolha de primeira ou segunda classes e preços que começam em CHF 244 a CHF 723. Eles permitem que deslocamentos sejam feitos livremente por todo o país em qualquer modal. O passe oferece vários benefícios, a exemplo de acesso gratuito em mais de 500 museus e excursões a montanhas em rotas panorâmicas.

O Grand Train Tour

Um dos pontos altos da malha viária é a excursão de aproximadamente 1.280 quilômetros de linhas panorâmicas, adicionando cruzeiros em barco e experiências em teleféricos nas principais rotas turísticas durante todo o ano. Tudo isso com o mesmo Swiss Travel Pass. São passeios pela natureza intocada, passando por geleiras impressionantes, por ravinas profundas, cataratas e castelos.

Foto: Cortesia

Ao total, são 45 atrações distribuídas pelas quatro regiões de ascendências italiana, francesa, alemã e reto-romana. Inclusive, em cada uma delas fala-se o idioma do país influente. Pelo percurso, explora-se as regiões tombadas como Patrimônio Mundial da Unesco, no total de 12 locais. Dentre os dez destinos, estivemos em Lucerna, Interlaken, Montreux e Lugano.

 Sustentabilidade

Além de ser a principal artéria da economia e da sociedade suíça, o transporte público é limpo e possui uma alta eficiência energética, pois emite menos dióxido de carbono. Todos os trens funcionam inteiramente com eletricidade, quase 100% renovável e proveniente das usinas hidrelétricas locais.

 Por sua eficiência em termos energéticos e também por produzir baixas emissões, o transporte público contribui significativamente para ajudar a alcançar as metas climáticas e continuar desempenhando um papel protagonista e relevante diante do futuro do planeta.

Os efeitos na sociedade e na economia

– Um carro elétrico produz 13 vezes mais CO2 do que uma ferrovia;

– O tráfego ferroviário contribui com apenas 0,2% do total de emissões de CO2 do tráfego geral;

– Uma viagem de trem produz 27 vezes menos CO2 do que uma viagem de carro equivalente;

– Apenas pedestres e bicicletas são mais ecológicos que trens.

A malha viária

– Estradas

A Suíça tem cerca de 73 mil km de estradas, além de 21,5 mil km de vias rodoviárias públicas.

– Ferrovias

São 5,2 mil km de trilhos ferroviários e 1,0 mil km de vias férreas de montanha. A empresa ferroviária nacional é a SBB (Schweizerische BundesBahn). 

– Túneis

São cerca de 1,8 mil túneis, incluindo o túnel de base de São Gotardo, inaugurado em 2016, com 57 km de comprimento. 

– Aeroportos

A Suíça tem três aeroportos internacionais (Zurique, Genebra e Basileia) e 11 aeroportos regionais. 

– Transporte público

O um sistema de transporte público é interconectado, com trens, ônibus, bonde, barco e teleférico.

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