A Praça dos Três Poderes, centro político de Brasília, foi palco de um espetáculo único que uniu arte, tecnologia e brasilidade na noite da última sexta-feira (15). A ocasião celebrou a inauguração do projeto Brasília Museu Aberto 2025 – Edição Brasilidades, que transformou a fachada do Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves em uma galeria digital a céu aberto, com projeções mapeadas de obras de artistas que contam e ressignificam a história da arte brasileira.
Ainda, a noite contou com uma apresentação especial da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, que emocionou o público de cerca de 600 pessoas com um repertório inteiramente dedicado à música brasileira. Sob a regência do maestro Claudio Cohen, os 60 músicos interpretaram desde obras eruditas, como as Bachianas Brasileiras, de Villa-Lobos, e O Guarani, de Carlos Gomes, até clássicos populares como Aquarela do Brasil, composições de Luiz Gonzaga e canções da Legião Urbana.
“A música cria uma conexão especial com as imagens projetadas, funcionando como uma trilha sonora que valoriza e amplia a experiência do público“, destacou o maestro.

Claudio Cohen
Sob o tema Brasilidades, o evento propõe um mergulho na arte nacional por meio de projeções de obras de artistas como Antonio Obá, Antônio Delei, Clarice Gonçalves, Irany Tibiriçá, José Maciel, Nicolas Behr, Nanche Las-Casas, Pedro Alvim, Renato Matos, Stuckert, Toys Daniel e Zuleika de Souza, que representam diferentes linguagens e gerações da arte brasileira.
A edição também prestou homenagem a cinco nomes fundamentais para o imaginário cultural do Brasil: Francisco Galeno, Marlene Godoy, Orlando Brito, Paulo Iolovitch e Vladimir Carvalho, reconhecidos por suas contribuições significantes à arte, à fotografia e ao cinema nacional.
Idealizado por Danielle Athayde, o Brasília Museu Aberto tem o compromisso de democratizar o acesso à arte ao ocupar monumentos icônicos da capital federal e promover experiências imersivas, gratuitas e acessíveis. “Reinventamos o conceito de espaço público, promovendo um elo entre cultura, memória e comunidade”, ressaltou.

Danielle Athayde