O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) associou o assalto ocorrido na manhã de domingo (24) na casa de seus avós e de sua mãe, em Resende, região sul do Rio de Janeiro, a uma suposta perseguição política comandada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em publicações nas redes sociais, o parlamentar insinuou que o crime poderia estar relacionado às recentes decisões judiciais do ministro contra ele e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Ordens de Moraes? Até onde vai a sede de vingança desse homem? Até onde irá a obediência cega de policiais que cumprem suas ordens sem questionar? “Hoje agradeço a Deus por eles estarem vivos”.”, escreveu Eduardo na rede social X.
De acordo com o relato de Eduardo e de seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL), os criminosos mantiveram como reféns a mãe e os avós dos parlamentares, ambos idosos. A ação teria durado cerca de uma hora. “Acabaram de fazer minha mãe e meus octogenários avós de reféns, na casa deles em Resende/RJ. E não foi um simples assalto. Graças a Deus estão todos bem, mas foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva”, disse Flávio em vídeo publicado nas redes.
Segundo eles, os bandidos procuravam por valores em espécie supostamente enviados por Jair Bolsonaro à residência, mas como não encontraram nada, levaram apenas celulares e joias.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que equipes do 37º BPM (Resende) foram acionadas para a ocorrência e que ninguém ficou ferido. Um automóvel levado pelos assaltantes foi recuperado, e a investigação segue sob responsabilidade da 89ª DP (Resende), com apoio do setor de inteligência da PM.
Até o momento, nem a Polícia Federal nem o STF se pronunciaram sobre as declarações de Eduardo Bolsonaro, que também levantou suspeitas contra os agentes federais: “Vocês que dizem que só estão seguindo ordem, vocês da Polícia Federal, vocês são os responsáveis por isso. Quem é que me garante que vocês não vazaram para esses criminosos entrarem na casa dos meus avós?”, declarou.
Para Eduardo, o episódio não se trata de um crime comum, mas sim de uma ação com possíveis motivações políticas. “Uma cena de terror que nenhuma família deveria passar. E tudo isso acontece depois dos vazamentos seletivos e perseguições de Moraes, que expõem nossos familiares como alvos simples”, escreveu.