O governador Ibaneis Rocha atribuiu as recentes greves dos professores e enfermeiros do Distrito Federal à proximidade com o período eleitoral. Segundo o chefe do Executivo, os movimentos são resultados da união de grupos opositores ao Governo do DF (GDF) para “fortalecer uma base para concorrer às eleições do ano que vem”.
Na avaliação do gestor, trata-se de um movimento “natural” da oposição: “Primeiro, nós estamos nos aproximando de um período eleitoral. E aí todos eles se utilizam desses movimentos para tentar se unir. Hoje, a nossa oposição está, digamos assim, flácida e em prasma. Então, eles estão trabalhando junto com esses sindicatos para poder fortalecer uma base para concorrer às eleições do ano que vem”, disse.
A fala ocorreu em conversa com a imprensa durante a reinauguração da Praça do Relógio, em Taguatinga. Na ocasião, o governador ressaltou que o Executivo está disposto a negociar com as categorias grevistas.
“Nós sempre estamos abertos a negociação, não tem nenhum problema. Os secretários Ney Ferraz [Economia] e Gustavo Rocha [da Casa Civil] têm recebido essas pessoas. Mas dizendo a elas que em primeiro lugar está a população”, defendeu. “Eu não vou deixar de administrar para todos, como a gente vem fazendo, e passar a administrar para pequenos grupos.”
Greves
A paralisação dos professores e orientadores da rede pública, iniciada na última segunda-feira (2), tem como principal motivação o não repasse das contribuições previdenciárias dos professores temporários ao INSS, apesar dos descontos mensais em folha. O sindicato alega que isso vem impedindo aposentadorias e acesso a benefícios, mesmo após acordo firmado em dezembro de 2024 para regularizar a situação.
Recentemente, o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) sinalizou que a categoria irá paralisar as atividades por 12 horas, na próxima quarta-feira (11/6). Os profissionais de Saúde reivindicam “isonomia salarial” e nomeação de profissionais em razão de um déficit de 1,8 mil servidores.