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Opinião – A Covardia Federal: Quando o ajuste fiscal penaliza as famílias e a dignidade do DF

Marli Rodrigues defende que decisão do governo federal de reduzir o Fundo Constitucional do DF impactará em serviços essenciais

O recente anúncio de redução no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) expõe uma postura que vai além de qualquer justificativa técnica ou fiscal: é uma ação desumana e profundamente injusta. Essa decisão do governo federal impactará diretamente serviços essenciais que sustentam a sociedade brasiliense, como saúde, educação e segurança pública. Não há outro termo que resuma melhor essa atitude do que covardia.

A redução no Fundo Constitucional do Distrito Federal é fruto de uma política de ajuste fiscal que, na verdade, pode ter motivações políticas. O momento escolhido, próximo às eleições, levanta a pergunta: esse ajuste é mesmo fiscal ou atende a interesses eleitorais? Quem ganha com isso? É uma covardia, porque o governo federal está jogando a conta nas costas do povo do Distrito Federal, que depende dos serviços públicos para sobreviver. E quem está fazendo esse corte? Certamente, são pessoas que não dependem dos hospitais públicos, não têm filhos em escolas públicas e contam com segurança privada. Para elas, os impactos dessa decisão são invisíveis.

O Fundo Constitucional não é apenas um repasse financeiro; é a espinha dorsal de políticas públicas, porque ele sustenta serviços fundamentais como saúde, educação e segurança no DF. Sem ele, os hospitais não têm médicos nem insumos, as escolas não têm professores ou materiais, e as ruas ficam sem policiamento adequado. O DF é diferente de outros estados porque depende diretamente desse recurso para funcionar. Cortar o Fundo significa paralisar o que é básico para a nossa população. Isso é inadmissível.

Sua diminuição ameaça diretamente a sobrevivência de famílias que já enfrentam desafios no acesso a esses direitos básicos. Crianças em escolas públicas, pacientes em hospitais e a população que depende do policiamento ostensivo estão à mercê de uma política que desconsidera as consequências humanas.

Além disso, a escolha desse momento para implementar tal ajuste é absolutamente inoportuna. Vivemos um contexto econômico fragilizado, no qual os serviços públicos se tornaram ainda mais essenciais para amparar os mais vulneráveis. Reduzir o FCDF agora é jogar famílias inteiras em situações de ainda maior precariedade.

A reação popular, no entanto, é inevitável. Brasília não aceitará passivamente que lhe sejam impostas medidas de tamanha arbitrariedade. Como bem pontuado, a cidade tem voz e conta com uma bancada federal competente  que estar à altura dessa luta. Não se trata apenas de um embate político, mas de uma questão de respeito à dignidade de uma população que não pode ser ignorada.

Sob o grito de “Nenhum centavo a menos!”, o Distrito Federal deixa claro que não aceitará que seus direitos sejam sacrificados. Esse lema ecoa a indignação de todos que dependem de serviços públicos essenciais para viver com dignidade.

O governo federal precisa entender que ajustes fiscais não podem ser feitos à custa do bem-estar do povo. Brasília exige ser tratada com o respeito e a dignidade que merece. Caso contrário, a resposta virá não apenas das ruas, mas de toda uma estrutura social que não permitirá que direitos fundamentais sejam tratados como números em uma planilha de cortes.

O Distrito Federal resiste, e a luta por justiça não será silenciada. Essa covardia federal não passará despercebida, e a história cobrará daqueles que optaram por sacrificar o direito a vida em nome de ajustes frios e desumanos.

Nenhum centavo a menos, o Fundo Constitucional é nosso!

Marli Rodrigues – Presidente do SindSaúde

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