Menos de 1% das mulheres e meninas de todo o mundo vivem em um país com alto índice de empoderamento feminino, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Uma análise feita pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela ONU Mulheres revelou, em 2023, que as mulheres são capacitadas para alcançar, em média, apenas 60,7% do seu pleno potencial, segundo o pelo Índice de Empoderamento das Mulheres (WEI).
O índice mediu o empoderamento feminino de 114 países em cinco dimensões do desenvolvimento humano: vida e boa saúde; educação, desenvolvimento de competências e conhecimento; inclusão laboral e financeira; participação na tomada de decisões; e liberdade da violência.
Para cada dimensão, o cálculo levou em conta diferentes indicadores de cada nação, como nível de escolaridade entre mulheres, número de representantes femininas em cargos políticos e taxas de violência contra mulher e feminicídio. Como resultado, quanto mais próximo de 1 o WEI de um país, maior o empoderamento feminino.
Pelo ranking, a Suécia foi considerada o país onde as mulheres tem um maior índice de empoderamento, alcançando 0,828. Islândia (0,816) e Austrália (0,805) destacaram-se em segundo e terceiro lugar. Na classificação, o índice de empoderamento do Brasil ficou em 0,637, o que o coloca entre as nações de médio-baixo empoderamento, ocupando o 41º lugar.
Iêmen (0,141), Nigéria (0,307), Paquistão (0,337), Iraque (0,363), Líbano (0,372) e Congo (0,399) foram os países com pior resultado, com um índice de empoderamento feminino classificado como “baixo” pela ONU.
Segundo o levantamento da ONU, mulheres alcançam, em média, 72% do que os homens alcançam em dimensões-chave do desenvolvimento humano, refletindo uma lacuna de gênero de 28%.
O empoderamento das mulheres varia entre 43,2% do seu potencial total em países com baixo desenvolvimento humano e 73,4% em países com desenvolvimento humano muito elevado. No Norte de África e na Ásia Ocidental, a região com o menor empoderamento das mulheres, as mulheres são capacitadas para alcançar apenas 45,8% do seu pleno potencial.
Veja os primeiros colocados no índice de empoderamento feminino:
– Suécia (0,828)
– Islândia (0,816)
– Austrália (0,805)
– Dinamarca (0,804)
– Noruega (0,802)
– Bélgica (0,801)
– França (0,792)
– Eslovênia (0,791)
– Finlândia (0,787)
– Suíça (0,786)
– Canadá (0,783)
– Letônia (0,782)
– Áustria, Holanda e Reino Unido (0,778)
– Espanha (0,7730
– Alemanha (0,762)
– Irlanda (0,759)
– Polônia e Singapura (0,757)
– Lituânia (0,756)
– Estados Unidos (0,752)
– Estônia (0,750)