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Obesidade pode levar à doença do fígado gorduroso; entenda

O aumento no número de pessoas em sobrepeso contribui para que outras doenças se tornem mais comuns
Foto: Cortesia
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Considerada uma doença crônica, recidivante e multifatorial, a obesidade é atualmente um problema mundial e o aumento da quantidade de pessoas em sobrepeso contribui para que outras doenças se tornem mais comuns, como esteatose hepática ou fígado gorduroso.

De acordo com o endocrinologista Guilherme Renke, a doença acontece quando muita gordura se acumula nas células do fígado. Atualmente, representa um dos distúrbios metabólicos mais importantes do século.

A patologia pode estar associada ao estilo de vida em países industrializados, que favorece uma vida sedentária e dietas hipercalóricas, promovendo obesidade e outros problemas crônicos.

 

Mas quais fatores ocasionam o fígado gorduroso? 

1 Obesidade: a obesidade envolve inflamação de baixo grau que pode promover o armazenamento de gordura no fígado;

2 Excesso de gordura na barriga: pessoas com peso normal podem desenvolver esteatose hepática se forem “visceralmente obesas”, o que significa que carregam muita gordura ao redor da cintura;

3 Resistência à insulina: a resistência à insulina e os altos níveis de insulina demonstraram aumentar o armazenamento de gordura no fígado em pessoas com diabetes tipo 2 e síndrome metabólica;

4 Alta ingestão de carboidratos refinados: a ingestão frequente de carboidratos refinados promove o armazenamento de gordura no fígado, especialmente quando grandes quantidades são consumidas por indivíduos com sobrepeso ou resistentes à insulina;

5 Saúde intestinal prejudicada: pesquisas recentes sugerem que ter um desequilíbrio nas bactérias intestinais, problemas com a função de barreira intestinal ou outros problemas de saúde intestinal podem contribuir para o desenvolvimento da condição.

 

Como é feito o diagnóstico

Na maioria das vezes, a doença não apresenta sintomas, sendo assim, o diagnóstico costuma começar depois que um exame de sangue encontra níveis de enzimas hepáticas acima do normal.

“Por outro lado, para descartar outras condições antes de diagnosticar doença hepática gordurosa não alcoólica, uma ultrassonografia do fígado pode ajudar a revelar o excesso de gordura. Qualquer exame para diagnóstico deve ser orientado e analisado por um médico qualificado”, recomenda Renke.