Candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal (OAB-DF), o criminalista Cleber Lopes revelou, durante entrevista ao GPS|Brasília, que seu nome foi escolhido para a disputa após “desdobramento natural de uma trajetória de quem serve à OAB-DF há mais de 20 anos”.
Segundo o candidato, ele teve o nome cogitado nas eleições de 2018 e 2021, mas afirma que “agora, finalmente, o meu nome acabou sendo escolhido pelo grupo”. Nas eleições anteriores, a preferência do grupo foi por outros candidatos, como Jacques Veloso e Thaís Riedel. “Isso mostra a democracia e a união que temos no grupo”, afirmou
Cleber Lopes tem o apoio declarado do governador Ibaneis Rocha (MDB), ex-presidente da entidade local, mas garantiu que a proximidade entre os dois não terá interferência na gestão, caso seja eleito no dia 17 de novembro. .
Na presidência da ordem, serei independente como fui a vida inteira. Não haverá interferência na minha presidência da OAB-DF, como o governador não admite interferência lá no Palácio do Buriti. ”Se houver conflito, farei uma escolha para não comprometer a nossa independência institucional”, acrescentou.
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Observatório
Entre as principais propostas, Lopes pretende criar um observatório de prerrogativas para monitorar violações aos direitos dos advogados em tempo real.
Quero saber onde, quando e por que as prerrogativas estão sendo violadas, para intervir imediatamente”, explicou. Além disso, defende a criação de uma diretoria de governança com foco na racionalização e profissionalização da gestão da OAB. “A ordem precisa disso, não pode ficar à mercê de cada presidente que passa por lá”, afirmou.
Em relação à gestão atual, presidida por Délio Lins e Silva Júnior, Lopes foi crítico, apontando “omissão, isolamento e inoperância” na condução da OAB-DF. Segundo ele, a atual administração não estaria atendendo às demandas da advocacia do DF. “O que se escuta da maioria esmagadora da advocacia é a reclamação de omissão e ausência institucional”, comentou.
Eleições
Lopes também manifestou apoio ao modelo de eleição online da OAB-DF, que, segundo ele, reduziu a taxa de abstenção na última eleição em 2021. Para advogados que não tenham familiaridade com o formato digital, ele defende a possibilidade de votação presencial, especialmente para advogados mais idosos. “Acho que é saudável e até necessário”, ressaltou.
Questionado sobre a representatividade de jovens advogados, Lopes destacou que sua chapa é composta por profissionais oriundos de subseções.
“A nossa diretoria da OAB-DF é formada por advogados que vieram das subseções, sem nenhum herdeiro”, afirmou.
Ele propõe criar uma escola de advocacia para capacitar novos advogados para o exercício da profissão e oferecer um programa de direcionamento vocacional.