Redação GPS Foram **onze meses de preparação** para a uniao de **Juliana Cunha Campos** e **Vitor Vellasco Villela** em **Fernando de Noronha**, um dos mais belos arquipélagos do mundo. Da mesma geração, filhos de **famílias pioneiras** na capital federal, vivendo em comunidade, não demorariam muito para que seus olhares se cruzassem. Seria uma questão de tempo, **o tempo de Deus**. Foi há três anos. Na academia. Mesmo horário, na aula de abdominal. Juliana comunicóloga, agitada. Vitor empresário, discreto. **Deu match**.
O **noivado** foi **supreendente**. Vitor a levou para o **Mont Saint-Michel**, uma ilha fortaleza na França de treze séculos onde foi erguida em seu topo a abadia de São Miguel, um lugar impressionante. De volta, já organizaram uma festança somente entre os amigos e sequencialmente o chá-bar com o tema **Copa do Mundo**, uma vez que ambos adoram futebol. So um pequeno detalhe. Ela torce para o Fluminense, ele é flamenguista.
E em meio a duas ilhas rochosas de imensa beleza e historia, uma jornada ate o grande dia, orquestrada pela mãe da noiva, **Luciana Cunha Campos**, carioca ágil que assumiu o rojão de fazer a cerimonia do jeitinho que a única filha imaginou. Juliana é _cool_, avessa a excessos, mas tinha tudo definido sobre o seu dia. E Luciana, que atua no segmento de festas, entende bem do ofício. E lá foi ela… quatro vezes até a ilha para entender como transformar desejo em realidade… **realidade inesquecível**.
Juliana e Vitor casaram-se antes no religioso e civil em **momento íntimo** apenas para a **família**! Queriam vivenciar na intimidade o **sacramento católico do matrimônio**. Mesmo assim, a noiva, sempre pronta para o novo, não deixou de bordar na barra de seu vestido _“eu te amo”_ na cor vermelha em declaração ao marido. E é sobre isso. **Juliana não curte o óbvio. E Vitor a ama por isso**. Como Noronha, terra de descobertas e mistérios. Quem conhece, entende.
Os dias que antecederam a chegada no santuário ecológico foram de muita **expectativa**. A começar pela presença massiva dos convidados: 99% de confirmação, num total de **550 pessoas**. Com uma curiosidade incrível: as famílias iam completas. Pais e filhos. Lindo de se ver, especialmente pela **demonstração de afeto** dos que cruzaram mares, bem como dos noivos que não foram excludentes, priorizando somente sua geração.
Oficialmente, **foram três dias de festa**. Embora a ilha estivesse tomada e em função do acontecimento com seus spots lotados. De restaurantes bacanas aos forrós dos nativos. Uma curtição. Tudo começou com um _sunset_ no Beach Club na Praia do Meio. Todos deveriam estar de branco para se ambientar aos lounges na areia sob a robustez do Morro do Pico. Neste dia ficou decretado que ninguém sairia dali menos que muito alegre. Banda local seguida com os DJs amigos dos noivos **Pedro Perdiz** e **Rafael Rios** tocando deliciosamente bem, segurando a pista por seis horas.
No dia seguinte, **nada de descanso**. Todos ao mar em seus respectivos barcos alugados e equipados com música e drinks para dar a volta na ilha. Nadar com golfinhos, avistar cordiais tubarões, mergulhar com uma diversidade de peixes e, claro, ficar boquiabertos com a exuberância da natureza. Noivos, pais e padrinhos mantiveram-se em terra firme, na **Praia da Conceição**, para quem quisesse se achegar. Momento onde o dia foi prioridade. **A ilha dormiu cedo**. Afinal…
**É chegada a hora**. Até os grupos de WP da ilha estavam no clima. Sim, nativos se comunicam por este meio e tinham informações em tempo real aos acontecimentos. Chegaram a comentar _“Devem ser pessoas de posse. Já houve muita festa por aqui, mas como essa…”_. Sim, porque um contêiner vindo de Recife trouxe a totalidade da estrutura nos preciosos detalhes. Da rouparia bordada ao mobiliário. Dos docinhos às quinhentas garrafas de champanhe Taittinger rosé.
Obviamente com a benção de **Zé Maria**, dito como o “dono da ilha”, bem como o trabalho primoroso do cerimonialista **Elizeu Rocha** e a inenarrável coordenação de Luciana. Fabiano, o pai da noiva, declarou que contentou-se em fazer os Pix. _“Com muita alegria, pois esperamos muito por este dia”_, relatou **emocionado** mais tarde na festa. Bem, as mulheres lindamente vestidas começaram cedo a se arrumar. Salvo as madrinhas, boa parte delas optou por uma beleza leve e se autoproduziram. **Cool**.
O relógio bateu 15h30 na **Pousada Zé Maria**. Convidados se ambientando ao calor com sensação térmica de mãos de quarenta graus. Mas sem problemas. Tudo estava demasiadamente adequado e **belo**. Aos cuidados do decorador Eider Santos, foram criados três amplos ambientes, cercados pelas vistas panorâmicas de rochas e mar. O tom claro, meio fendi, deixou o laranja imperar, onde **orquídeas** que se assemelham a corais dominar o décor, harmonizados com rendas richelieu tecidas a mãos. Iguarias sem fim. Pastas, frutos do mar, frios com ervas e mel… enfim, **não havia nada que pudesse desviar os olhos e corações daquele momento**.
**Lá vem a noiva**… numa alegria, numa felicidade, numa desenvoltura. Essa é a Ju. Puxou o pai, trajando um belo terno italiano azul claro com mocassim de couro trançado vindo diretamente das recentes passarelas masculinas da **Dolce&Gabbana**, presente especial do amigo **Guilherme Siqueira**. Vitor a esperava com a mesma **energia**. Seus olhos pareciam dizer palavras descrevendo sua emoção. No altar, o padre a esperada com documento que continha a benção VRO papa Francisco. A homilia dizia que amar não é sentimento. **Amar é decisão**. Por isso o amor **não se abala com as adversidades** ofertadas pela vida. Lindo.
O maestro **Claudio Cohen** e seu quarteto de cordas se encarregou de trazer as lágrimas aos convidados. Não havia como não se impactar com todo o contexto. E foi dada a largada para a festa. Quatro atrações excelentes se encarregaram das dez horas de animação. **Marcelo Botelho, Felipe Mar** e a surpresinha da noite, **Thiago Martins**! Simbióticos porém diversos no _line-up_, eles entraram na vibe dos noivos. As gerações, de X a Z, como se fala hoje em dia, curtiram muito, muito mesmo.
Juliana usou um vestido **Martina**, ateliê de sua prima de Uberaba, mas instalada em São Paulo. O do grande dia foi assinado por **Vanda Borges**. Ela queria **romance e tradição**. Não à toa, sua tiara em brilhantes foi a mesma que sua mãe usou no casamento, três décadas atrás, que recebeu restauro nas mãos da designer de joias Silvinha Badra. _“Meus pais são tão felizes que eu queria levar algo deles pra nossa união”_, diz a noiva. **Ricardo Maia** e **Maria Elenice**, os dois anjos que cuidaram da beleza em todos os passos da noiva. Quando soube que o arranjo do cabelo havia ficado em Brasília, imediatamente apoderou-se das flores de açúcar do bolo e resolveu a situação. Truques de mestre.
Houve alguns chamados perrengues que valem o registro da aventura. Os voos deixaram para trás várias malas dos convidados, que as recuperaram horas antes da cerimônia. Mas nada comparado com a situação do noivo, cujo terno teve destino não identificado momentos antes dele subir ao altar. Que situação. Imagina que a notícia foi sabida até mesmo pelo grupo de WP da ilha. **Um bom amigo o salvou** com o empréstimo. O original tinha um suave tom de verde, assinado pelo alfaiate **Leonardo Carvalho**. Mas Vitor é um jovem fleumático. **Saiu-se com elegância** desta inesquecível, situação!
Chegou ao fim o casamento de **CCVV**, iniciais dos sobrenomes, ricamente aquarelados no convite de gramatura robusta de **Isabel Flecha de Lima**, da Linum, em parceria com a Studio Carta. Ahhh, falou-se bastante no vestido de Luciana, assinado pelo talento brasiliense **Bernardo Rostand**, que imprime drama e requinte em suas criações.
E assim se deu mais uma **história de amor** contada por este portal sobre amores brasilienses. Este, no entanto, **repleto de simbolismo religioso**, pois foi firmado entre as rochas desde o início. É como profetiza a Bíblia em Mateus, escrevendo que casa alguma será destruída nas tempestades. **Que assim seja na família Cunha Campos Vellasco Villela**.
