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O impacto das altas temperaturas, baixa umidade e queimadas em cães e gatos

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As mudanças climáticas têm intensificado as condições extremas, como altas temperaturas, baixa umidade e a ocorrência de queimadas, que se tornam cada vez mais comuns em várias regiões do Brasil. Aqui em Brasília estamos mais adaptados ao período de seca, o que não quer dizer que não sentimos esse momento. Este ano com as queimadas e a quantidade de fumaça que nos cerca tem exigido cuidados redobrados a nós e nossos pets. Vale ressaltar que esses fatores não afetam apenas a saúde humana, mas também causam danos consideráveis ao bem-estar de animais de estimação, como cães e gatos. Por isso os tutores devem ficar atentos às condições climáticas adversas que podem comprometer seriamente a saúde de seus pets.

Impactos das altas temperaturas em cães e gatos

Cães e gatos são especialmente vulneráveis ao calor extremo. Diferente dos humanos, que transpiram pelo corpo inteiro, os cães e gatos só conseguem liberar calor por regiões específicas, como as patas e principalmente através da respiração. Isso os torna mais suscetíveis à hipertermia, que é o aumento perigoso da temperatura corporal.

Entre os principais riscos das altas temperaturas estão:

  • Hipertermia: Com o aumento da temperatura, os cães e gatos podem sofrer com a elevação da temperatura corporal, o que pode ser fatal se não for tratado a tempo. Os sintomas clínicos incluem respiração ofegante, letargia, vômito e até convulsões.
  • Desidratação: Durante os dias mais quentes, os pets perdem água de forma mais rápida e, sem a reposição adequada, podem se desidratar, o que compromete órgãos vitais como os rins.
  • Queimaduras nas patas: O contato com o chão muito quente, como asfalto e calçadas, pode causar queimaduras nas almofadas das patas dos cães. Esse problema é agravado em períodos de forte calor.

Baixa umidade e seus efeitos nos pets

A baixa umidade do ar, que muitas vezes acompanha as altas temperaturas, traz outros desafios. O ar seco pode causar problemas respiratórios tanto em cães quanto em gatos, agravando condições pré-existentes, como asma e bronquite, especialmente em raças com focinho curto, os braquicefálicos.

Entre os problemas relacionados à baixa umidade estão:

  • Ressecamento das vias respiratórias: O ar seco pode causar irritações no trato respiratório dos animais, levando à tosse, espirros e dificuldade para respirar.
  • Desidratação rápida: A umidade baixa favorece uma perda mais rápida de água através da respiração e pele, exacerbando os riscos de desidratação.
  • Problemas dermatológicos: A pele dos animais também pode sofrer com o ressecamento, causando coceiras, descamação e até feridas.

Efeitos das queimadas na saúde de cães e gatos

As queimadas, além de destruírem o meio ambiente, liberam grandes quantidades de poluentes no ar, como partículas de fumaça ou mesmo nuvens de fumaça como é o caso de Brasília essa semana e gases tóxicos. Esses poluentes afetam diretamente a qualidade do ar e podem causar sérios problemas de saúde não só humanas, mas a dos animais.

Os impactos incluem:

  • Problemas respiratórios: Cães e gatos expostos à fumaça das queimadas podem desenvolver inflamação das vias aéreas, bronquite e até pneumonia. Os sintomas podem variar entre tosse, dificuldade respiratória, secreção nasal e apatia.
  • Intoxicação: A inalação prolongada de fumaça pode levar à intoxicação por monóxido de carbono e outras substâncias liberadas nas queimadas, que afetam diretamente o sistema nervoso e cardiovascular dos pets.
  • Irritação ocular e cutânea: As partículas presentes na fumaça também podem irritar os olhos e a pele dos animais, causando desconforto e, em casos mais graves, lesões.

Como proteger seus pets durante condições adversas

Os tutores de cães e gatos devem tomar medidas preventivas para proteger seus animais de estimação durante esses períodos críticos:

  1. Hidratação constante: Mantenha água fresca e em abundância para que os pets possam se hidratar frequentemente.
  2. Ambientes frescos: Evite passeios durante os horários mais quentes do dia e ofereça locais sombreados e ventilados para descanso.
  3. Proteção contra queimadas: Durante épocas de queimadas, mantenha os pets em ambientes fechados, com janelas e portas protegidas para evitar o contato com a fumaça.
  4. Cuidados com a saúde respiratória: Se notar algum sinal de dificuldade respiratória, procure um veterinário imediatamente, especialmente se houver exposição à fumaça.
  5. Alimentos leves e apropriados: Durante o calor extremo, prefira oferecer alimentos em horários mais frescos do dia, evitando sobrecarregar o metabolismo do pet. Neste tópico podemos incluir alimentação com frutas, picolés de frutas entre outras.

Conclusão

As condições climáticas extremas, como altas temperaturas, baixa umidade e queimadas, representam um risco crescente à saúde dos pets. Cães e gatos podem sofrer consequências graves se expostos a esses fatores por períodos prolongados. É fundamental que os tutores estejam atentos e tomem medidas preventivas para minimizar os impactos e garantir o bem-estar dos seus animais de estimação. Cuidar da saúde dos pets nessas situações é uma demonstração de responsabilidade e amor, assegurando que eles tenham uma vida longa e saudável, mesmo em tempos de adversidade climática. Entrem em contato com seu veterinário e ou a clínica credenciada do seu plano de saúde para se informar qual a melhor forma e estratégias para manter seus filhotes peludos saudáveis.

 

Daniel Salgueiro

CEO

DogCat – Plano de Saúde Pet

daniel@dogcat.vet.br

 

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