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“O governo Lula ainda não começou a trabalhar”, diz deputado Rafael Prudente

Em entrevista ao GPS, parlamentar criticou falta de articulação do Palácio do Planalto para aprovar medidas no Congresso Nacional

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O deputado federal Rafael Prudente (MDB-DF) criticou a articulação do Palácio do Planalto para conseguir aprovar medidas importantes no Congresso Nacional. Em entrevista ao GPS, o parlamentar, que é da base governista, afirmou que o Executivo tem patinado para conseguir votos suficientes em prol de pautas defendidas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Acho que o governo ainda não começou a trabalhar, parece que você veja o seguinte nós devemos aprovar a reestruturação do que foi feito uma medida provisória no início do governo. O governo fez um arranjo político e partidário na sua partilha dos ministérios, da composição do governo, e sequer conseguiu até hoje aprovar uma lei no Congresso Nacional e uma medida provisória para validar aquilo que ele combinou com os partidos“, avaliou.

 

Ao abordar a aprovação do arcabouço fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o deputado defendeu a atuação da bancada do DF. Ele ressaltou que 160 deputados votaram a favor do Distrito Federal e da manutenção da correção inicial do Fundo Constitucional, que acabou sendo reduzida. O deputado apontou que o texto problemático surgiu como uma “encomenda do governo federal” e não possui relação direta com o Fundo Constitucional. 

 

Eu tenho convicção de que esse texto foi encomendado pelo governo federal para que constasse no relatório do arcabouço, que não tinha absolutamente nada a ver com o Fundo Constitucional. Achávamos que iríamos votar um projeto bom para o Brasil. E é um projeto positivo, sim, porque coloca alguns dispositivos importantes para nossa economia como limitador de despesas. Agora, infelizmente, houve essa manobra que, no meu entendimento, veio do governo federal, para que, junto com o relator, com o presidente da Câmara e com os líderes partidários, pudessem atropelar um grande ciúme que a gente percebeu nas reuniões que nós fizemos com todos os líderes“, emendou. 

 

 

Assista:

 

 

CPMI

Prudente também disse ser “cético” em relação ao trabalho das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Ele destacou a dificuldade em obter resultados práticos e um relatório consistente que beneficie o país. 

 

Eu não assinei nenhuma dessas CPIs. Eu também não participo de nenhuma delas. Tenho uma visão muito cética que a população, boa parte dela, vai concordar comigo: de que é difícil você ter um relatório consistente que efetivamente vai ajudar o país em alguma coisa. Você pega a última CPI que teve da covid-19 no Senado Federal. Foram seis meses de muita mídia, de muita notícia, mas de resultado prático de utilização do relatório, praticamente zero ou zero. Então, eu espero que algumas delas possam produzir alguma coisa“, destacou.

 

 

 

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