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O Estranho representará o Brasil no Festival de Berlim

Cenas realistas com vestígios do passado colonizado é cenário para relatar o território indigena que se transformou no maior aeroporto do País

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O filme **_O Estranho_** será o representante brasileiro entre os 28 títulos que vão compor a seção **Fórum**, dedicada ao cinema experimental, dentro da **73.ª edição do Festival de Cinema de Berlim**, que começa em 16 de fevereiro.

A coprodução franco-brasileira, dirigida por **Flora Dias** e **Juruna Mallon**, acompanha com uma mistura de cenas realistas e estilizadas os personagens e os vestígios de seu passado em um antigo território indígena, onde hoje funciona o maior aeroporto do Brasil, o de Guarulhos. Sua primeira exibição pública, dia 20, no cinema **Arsenal** da capital alemã.

A seção Fórum também terá entre suas exibições especiais o filme brasileiro **A Rainha Diaba**, de 1974, de **Antônio Carlos Fontoura**, no qual o ator **Milton Gonçalves** (1933-2022) encarna o bandido que controla a distribuição de drogas na cidade do Rio.

**Nosso vizinho**

A **Argentina**, por sua vez, estará representada por três produções: A comédia de erros de **Martin Shanly**, **_Arturo a los Trinta_**, gira em torno de um infeliz de trinta e poucos anos cujo gosto por indiscrições é tão impossível de perder quanto a sutileza com que o filme desliza de março de 2020 para a década anterior e vice-versa.

Já **_El Rostro de la Medusa_**, de Melisa Liebenthal, é uma comédia leve que levanta sérias questões sobre o rosto humano quando um dia Marina não se reconhece mais.

O documentário **_El Juicio_**, de Ulises de la Orden, coproduzido por Argentina, Itália e França, situa o espectador em 1985, dois anos após o fim da ditadura militar argentina, quando proeminentes membros da junta militar são julgados, e dá seu testemunho sobre o terror de Estado que marcou aquela época.