Edson Arantes do Nascimento, enfim, descansou. O corpo de Pelé, Rei do Futebol, foi sepultado, em Santos, na presença de familiares e amigos. A cerimônia reservada no Memorial Acrópole Ecumênica teve início logo após o fim do cortejo fúnebre pela cidade em que o Atleta do Século brilhou.
O desfile fúnebre de Pelé durou quase quatro horas e só foi encerrado às 13h59 desta terça-feira, quando o caminhão dos bombeiros com o corpo do Rei estacionou na porta do cemitério ao som de fogos de artifício. O Águia, helicóptero da PM, acompanhou todo o périplo. O procedimento da retirada do caixão do caminhão foi feito por membros do Corpo de Bombeiros com auxílio da Infantaria do Exército enquanto os trompetes tocavam o hino do Santos.
A família não participou da marcha fúnebre e chegou cedo ao Memorial Necrópole, minutos após o fim do velório. A viúva Márcia Aoki foi a primeira a chegar.
Vestidos com camisas alusivas ao Rei e entoando cânticos exaltando o ídolo, milhares de fãs vieram juntos até a porta do Memorial para a despedida final do ídolo. O caixão entrou no local, onde teve início um novo velório, mas muito mais curto e restrito para 140 pessoas, entre familiares e amigos próximos.
O cantor Simoninha, filho de Wilson Simonal, grande amigo de Pelé, foi uma das personalidades que compareceram no sepultamento. “Pelé fez história e é a própria história. Viva o Rei”, exclamou o artistas em entrevista ao Estadão
Clodoaldo, eterno “cão de guarda” de Pelé e tricampeão mundial com a seleção brasileira em 1970 também apareceu. Ele havia ido ao velório na segunda-feira. O atual goleiro e capitão do Santos, João Paulo, que não compareceu ao velório porque seu carro quebro na estrada, foi outro que participou do cortejo.
Cercado por sobrados antigos, o bairro residencial onde está situado o cemitério vertical seguramente não havia nunca antes recebido tanta gente assim. Os moradores vizinhos ao Memorial permaneceram na sacada e do lado de fora de suas casas à espera da chegada do Rei. Algumas senhoras deram auxílio aos jornalistas, oferecendo água e frutas para amenizar o forte calor em Santos.
Haviam diversos policiais militares, incluindo agentes da tropa de Choque, além de seguranças do próprio cemitério. Um espaço com barras de ferro isolou a entrada do cemitério. Não houve confusão nem o registro de incidentes graves, segundo a PM.