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Novos recordes de calor são atingidos após concentração de gases de efeito estufa

Estudo expõe o preocupante aumento na concentração da emissão desses gases na atmosfera
Nova onda de calor não deve afetar DF | Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Nova onda de calor não deve afetar DF | Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

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Novos alarmes ecoam sobre o cenário climático global, conforme revelado por um relatório publicado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). nesta quarta-feira (15).

Os níveis atmosféricos de óxido nitroso (N2O), dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) atingiram proporções alarmantes, elevando-se em 124%, 149% e 262% respectivamente em comparação aos níveis pré-industriais de 1750. O estudo, baseado em dados de 2021, expõe o preocupante aumento na concentração desses gases na atmosfera.

O relatório destaca, ainda, um crescimento exponencial do gás metano, especialmente entre 2020 e 2021, cujas razões ainda carecem de uma compreensão mais clara. Nesse sentido, a OMM enfatiza a necessidade de fortalecer as redes de observação, especialmente em áreas sensíveis ao clima, como as zonas úmidas tropicais e a região do Ártico.

A ascensão ininterrupta dos gases do efeito estufa representa uma das principais causas do aquecimento global, levando os anos entre 2015 e 2022 a serem classificados como os oito mais quentes dos últimos 173 anos de registro instrumental. Em 2023, segundo o relatório, essa tendência de elevação persiste.

A presença contínua e intensificada desses gases na atmosfera tem repercussões não apenas no aquecimento global, mas também nos oceanos, que absorvem parte dessas emissões. O relatório aponta recordes de calor nos oceanos e níveis inéditos de elevação do mar, com projeções de continuidade desse padrão.

O derretimento de geleiras é outro destaque preocupante, com a Europa testemunhando níveis sem precedentes nesse fenômeno. O gelo marinho na Antártica também atingiu mínimas históricas.

Associado a esses aumentos, o relatório sublinha a conexão direta com desastres naturais, desde inundações até condições climáticas extremas, enfatizando os custos humanos e materiais desses eventos.

Essas descobertas servirão como base fundamental durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), agendada para ocorrer de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O relatório evidencia a urgência de ações globais para mitigar as crescentes crises climáticas, direcionando os debates e as políticas a serem discutidas no evento.