Após a aparição das fumaças tóxicas, o Brasil se prepara para enfrentar mais uma intensa onda de calor, prevista para se iniciar na próxima segunda-feira (2), com temperaturas que podem superar os 40°C em diversas regiões do País.
Segundo o serviço de meteorologia Climatempo, a nova massa de ar quente e seco deverá se estabelecer no Centro-Sul, afetando especialmente o Centro-Oeste e o Distrito Federal.
As previsões indicam que o calor extremo pode se prolongar até meados de setembro. Estados como Rondônia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo também devem se aproximar dos 40°C. A previsão também indica a possibilidade de novos recordes de calor para esta época do ano.
Além das altas temperaturas, o fenômeno deve provocar uma queda significativa na umidade do ar, que pode atingir níveis de emergência – abaixo de 12% – em várias áreas, incluindo o sul de Mato Grosso, interior de São Paulo, Triângulo Mineiro, centro-norte e nordeste de Mato Grosso do Sul, e sul de Goiás.
A baixa umidade, combinada com a atmosfera estagnada, tende a aumentar a concentração de poluentes, o que pode piorar a qualidade do ar nas próximas semanas.
Onda de calor
Uma onda de calor é um fenômeno climático caracterizado por temperaturas muito acima da média por vários dias consecutivos. Para que o evento seja classificado como tal, os meteorologistas consideram que as temperaturas devem estar pelo menos 5°C acima da média por um período mínimo de cinco dias.
No entanto, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) define uma onda de calor quando há um aumento de 5°C na temperatura em relação à média mensal, independentemente da duração.
As ondas de calor são comuns nesta época do ano, especialmente em setembro, durante a transição do inverno para a primavera. Durante esse período, a insolação aumenta, intensificando a radiação solar que aquece o solo e o ar.
Contudo, as ondas de calor têm se tornado mais intensas, prolongadas e ocorrendo mais cedo nos últimos anos, levantando preocupações sobre o impacto dessas mudanças climáticas no país.
Os especialistas recomendam que a população tome precauções, como a ingestão de líquidos e evitar a exposição ao sol durante os períodos mais quentes do dia.