Um dos mais respeitados nomes da diplomacia brasileira, o embaixador Marcos Azambuja morreu nesta quarta-feira (28), aos 90 anos. Seu falecimento foi comunicado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), onde ocupava o cargo de conselheiro emérito.
Com sua partida, o mundo ficou menos inteligente, menos divertido e menos sábio. Para o Cebri, em particular, trata-se de uma perda irreparável, uma vez que o embaixador era um colaborador atuante desde a sua fundação. Manifestamos nossas sinceras condolências à família, aos amigos e aos colegas”, diz o comunicado.
Nascido em 9 de fevereiro de 1935, Marcos Castrioto de Azambuja foi diplomata de carreira e escreveu livros e artigos, além de ter sido conferencista em temas relativos ao desarmamento, desenvolvimento sustentável, integração regional, direitos humanos e política espacial. Estava escrevendo um livro que versava sobre diversos assuntos, diplomáticos ou não.
Ao longo da carreira, Marcos Azambuja chefiou a delegação do Brasil para Assuntos de Desarmamento e Direitos Humanos em Genebra (1989-1990), serviu como embaixador na Argentina (1992-1997) e na França (1997-2003), e atuou em Londres, na Cidade do México e em Nova York (ONU). Ocupou ainda postos de relevo na Embaixada do Brasil na Alemanha e foi coordenador da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92).
No Ministério das Relações Exteriores, serviu como vice-chanceler erntre 1990 e 1992 e integrou a Comissão de Armas de Destruição em Massa e do Fórum de Tóquio para a Não Proliferação Nuclear e Desarmamento. Azambuja foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Fundação Roberto Marinho, do Conselho Curador do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional da Universidade de São Paulo (USP).