A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Distrito Federal (Sindepo-DF), Cláudia Alcântara, participou, nesta segunda-feira (23), de sessão solene no Senado Federal em homenagem ao Dia do Policial Civil. Na ocasião, a representante da entidade defendeu a valorização da categoria.
A representante sindical destacou os desafios diários enfrentados pelos policiais civis em todo o Brasil, ressaltando o impacto físico, emocional e familiar da atividade. “A justiça começa quando reconhecemos o valor de quem a promove, mesmo que no silêncio do anonimato”, enfatizou a delegada.
Em seu discurso na Casa Alta, a presidente do Sindepo chamou a atenção para o alto nível de estresse a que os policiais civis são submetidos diariamente. A delegada ainda compartilhou o crescimento dos casos de adoecimento, uso de medicamentos e perda da qualidade de vida decorrentes da pressão constante da função.
“Nós temos uma missão de entrar em lugares em que ninguém entra, enfrentar o crime sem poder correr, lutar com a face mais dura da realidade da nossa sociedade. Quem cuida da sociedade precisa ser cuidado. Quem protege vidas precisa da sua própria vida protegida. Não estamos falando apenas de salário, estamos falando de saúde mental, de dignidade”, disse.
Pensão para policiais
No Senado, a sindicalista reforçou o apelo pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 44/2022. O texto legislativo visa corrigir “distorções gravíssimas” no regime de previdência dos servidores da segurança pública, incluindo os policiais civis.
Ela afirmou que a proposta é essencial para garantir dignidade às famílias dos policiais mortos em serviço. “A PEC 24 é um resgate da dignidade, é dizer que a vida de quem protege vidas não será reduzida a uma estatística ou a um valor indigno. Essa questão é tão urgente quanto a nossa paridade salarial”, acrescentou.