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No Grupo C, a esperança é que Messi, finalmente, jogue uma Copa do Mundo

A próxima terça-feira (22) pode marcar finalmente a estreia de um craque internacional nas Copas do Mundo. Às 7h, no estádio Lusail, a Argentina enfrenta a Arábia Saudita. E Messi vai estar em campo. A esta altura, você deve estar se perguntando: o que deu na cabeça deste sujeito? Afinal, Messi joga pela seleção argentina desde a Copa da Alemanha, em 2006, quando enfrentou a seleção de Sérvia e Montenegro, na goleada por 6 x 0.

Calma, caro leitor. Eu sei que Messi vai para sua quinta (e última) Copa da carreira. O problema é que jogar, de verdade, ele nunca jogou. Nem mesmo em 2014, quando a Argentina perdeu da Alemanha na final e ele foi eleito o craque da Copa, em uma eleição para lá de fajuta. Mas a verdade é que, desde o menino Messi de 2006, com quase 19, até o craque maduro de 2018, não há uma Copa que o amante do futebol diga com certeza: “essa foi a Copa do Messi”. Diferente dos argentinos Mário Kempes (1978) e Maradona (1986), ele nunca arrebentou. Será, portanto, sua última chance, pois em 2026 ele será um veteraníssimo de 39 anos e já avisou que não irá – por enquanto.

Futebol não falta ao canhoto de 1,70m. Após uma trajetória de glórias em seus 21 anos de Barcelona-ESP, ele é um dos astros do Paris Saint-Germain-FRA. Mas não brilhou na Cidade Luz. Ao contrário: amargou seu pior desempenho em 14 anos. Mas Messi não deixará a Argentina sem um título, pois levou a Copa América de 2021 – lamentavelmente, o futebol costuma punir o campeão desta competição, pois até hoje nenhum conseguiu conquistar a Copa do Mundo que veio na sequência.

Felizmente para a Argentina e para Messi, desta vez há facilitadores. O primeiro é o elenco argentino, com goleiros como Martínez (Aston Villa-ING) e Armani (River Plate-ARG), a defesa com Otamendi (Benfica-POR) e Tagliafico (Lyon-FRA) e atacantes de peso, como Lautaro Martínez (Internazionale-ARG), Di María (Juventus-ITA) e Dybala (Roma-ITA). O caminho também é propício, pois a Arábia Saudita não assusta ninguém. O time do francês Hervé Renard tem poucas estrelas, como Al-Dawsari, Kanno e Al-Faraj. Melhor para o time do técnico Lionel Scaloni, que não deve ter problemas para vencer na estreia – e até com certa facilidade.

Como a Argentina é o time mais forte e a Arábia Saudita apresenta-se como o mais fácil a ser batido, o jogo México x Polônia, no estádio 974, às 13h da mesma terça-feira (22), ganha contornos dramáticos e decisivos já na primeira rodada do grupo. Quem vencer dá um passo importante rumo à classificação. Um empate deixa a briga na matemática do saldo de gols. A não ser que um dos dois selecionados perca pontos para os árabes ou arranque pontos dos argentinos, hipóteses pouco prováveis.

No lado mexicano, o argentino Gerardo “Tata” Martino tem um plantel de respeito. No gol, Guillermo Ochoa (América-MEX) deve ser novamente titular. Na defesa, destaque para Arteaga (Genk-BEL). No meio, o time conta com a força de Guardado (Betis-ESP) e a categoria de Édson Álvarez (Ajax-HOL). E, na frente, o destaque fica com Lozano (Nápoli-ITA).

A Polônia do treinador Czesław Michniewicz tem uma base parecida, com Szczesny (Juventus-ITA) no gol, a defesa com Bednarek (Aston Villa-ING), Bereszynski (Sampdoria-ITA) e Zalewski (Roma-ITA) e o meio com Kaminski (Wolfsburg-ALE), Zielinski (Napoli-ITA) e Zurkowski (Fiorentina-ITA). Na frente, está o craque Robert Lewandowski, hoje no Barcelona, secundado por Milik (Juventus-ITA).

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