Homônimo e neto de Franco Montoro, ex-governador de São Paulo e fundador do PSDB, falecido em 1999, o cientista social André Montoro comemorou, na noite desta segunda-feira (28), o fato de a direção nacional da legenda ter decidido pela volta do tucano como principal símbolo e, também, mascote da sigla.
André Montoro foi um dos principais críticos à decisão de aposentar o pássaro, ainda em 2019. Além do gesto simbólico do atual presidente tucano, o governador gaúcho Eduardo Leite, de retomar com o símbolo partidário, André Montoro destacou a importância de unir a legenda e construir um ambiente pacífico e de coesão política.
“Quero muito agradecer por essa decisão, mas o que importa, no fim das contas, é que o partido consiga construir uma pacificação e unidade para que possa se reerguer com aquilo que tão bem foi demonstrado no documento que fez uma leitura, uma recolocação da própria legenda. Que bom que o tucano voltou, mas tem que voltar a unidade e a possibilidade de agregação das ideias“, disse André Montoro ao GPS.
O conhecido pássaro, desenhado em azul e amarelo, foi aposentado em 2019 como forma de “modernizar” o partido. Contudo, o novo presidente, Eduardo Leite anunciou a retomada do famoso mascote político como forma de reconectar “sentimentos que embalaram o PSDB na sua criação, na sua origem”.
Durante a conversa com a coluna, André Montoro também elogiou a atuação dos atuais expoentes tucanos, como o próprio Eduardo Leite, mas também a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e Eduardo Riedel, que governa o Mato Grosso do Sul.
“Temos pratas da casa, que são políticos diferenciais no Brasil“, enfatizou.
O anúncio oficial para a retomada do tucano foi feito na última quinta-feira (24), durante o evento “Diálogos Tucanos”, realizado em Brasília. O objetivo, segundo Leite, foi criar um novo momento para a sigla, que já foi uma das principais do país, mas que perdeu o protagonismo nos últimos anos.
De acordo com o próprio PSDB, três motivos seriam responsáveis para que a ave tenha sido escolhida como o símbolo político por Franco Montoro, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso.
O primeiro seria pelo fato de “o tucano de peito amarelo remeter à cor da campanha eleitoral pelas diretas”, ainda no período pós ditadura.
Além disso, o tucano seria “um dos símbolos do movimento ecológico e de conscientização ambiental do país”. Para finalizar, a escolha se deu pelo motivo de o tucano ser uma ave da fauna brasileira.