A Netflix está cada vez mais parecida com a velha e conhecida TV a cabo. O streaming anunciou que passará a integrar canais com programação linear e transmissões ao vivo ao seu serviço, ampliando significativamente seu modelo de negócio. A estratégia visa aumentar o tempo de permanência dos usuários na plataforma e expandir as oportunidades para a publicidade.
O primeiro anúncio foi feito em junho de 2025, com menor repercussão no Brasil, quando a empresa fechou um acordo com o grupo francês TF1, proprietário da principal emissora de TV aberta da França. A partir de meados de 2026, canais e produções da TF1+ — plataforma sob demanda do conglomerado — estarão disponíveis diretamente no catálogo da Netflix no País, sem custo adicional para os assinantes.
Nesta semana ocorreu também a oficialização da entrada do canal NASA+ na plataforma. O serviço da agência espacial norte-americana oferece transmissões ao vivo de lançamentos de foguetes e missões espaciais. Embora não seja a primeira experiência da Netflix com conteúdo ao vivo, esta é a primeira vez que incorpora transmissões externas em tempo real.
A decisão está alinhada ao comportamento atual do público e ao desejo da empresa de manter o espectador conectado por mais tempo. Segundo a própria Netflix, o novo formato permite que o usuário nunca saia do serviço, reproduzindo o efeito de audiência contínua que caracteriza os canais de TV tradicionais.