O Dia Nacional do Surdo, comemorado nesta quinta-feira (26), chama a atenção para a perda auditiva, esta que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge, em algum grau, até 5 milhões de pessoas no Brasil e 800 milhões em todo o mundo.
A realidade no País é alarmante, já que a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) estima que de cada mil crianças nascidas, três a cinco já apresentam deficiência auditiva, e aproximadamente 5,8 milhões de brasileiros convivem com a surdez.
Sendo congênita ou adquirida, a surdez é classificada em diferentes formas. Para a audiologista Ariane Gonçalves, é importante entender o problema como aspecto da diversidade humana.
“A surdez não é somente uma deficiência, mas uma maneira diferente de viver e se comunicar. É fundamental que as pessoas estejam mais abertas e preparadas para incluir pessoas surdas, proporcionando acesso à educação, saúde e oportunidades de trabalho”, afirma a especialista.
Segundo a especialista, há algumas recomendações que podem impedir essa anomalia. “Muitas causas de perda auditiva podem ser evitadas, especialmente em crianças, com medidas como a imunização contra rubéola e meningite, e o tratamento precoce de infecções do ouvido, como a otite média. Já em adultos, o controle do ruído, o uso seguro de dispositivos de áudio e a vigilância de medicamentos que podem prejudicar a audição são fundamentais”, afirma.
Por fim, Ariane ressalta a importância da triagem precoce e do diagnóstico para garantir intervenções mais eficazes. “A identificação precoce da perda auditiva permite um tratamento mais eficaz, e na maioria dos casos, a reabilitação auditiva, com o uso de aparelhos auditivos ou implantes.”