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Natal deve movimentar R$ 69,75 bilhões no varejo brasileiro, aponta CNC

Supermercados lideram vendas; contratação de temporários será menor do que no ano passado

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o varejo brasileiro deve movimentar R$ 69,75 bilhões no Natal de 2024, um crescimento real de 1,3% em comparação ao mesmo período de 2023, já descontada a inflação. Apesar do avanço, o faturamento ainda não retorna ao nível pré-pandemia, registrado em 2019, quando o setor alcançou R$ 73,74 bilhões.

Além do impacto econômico, o Natal de 2024 deverá gerar 98,1 mil vagas temporárias, número inferior ao do ano passado, quando 100 mil trabalhadores foram contratados.

A CNC projeta que os super e hipermercados liderarão as vendas, representando 45% do faturamento total, cerca de R$ 31,37 bilhões. Em seguida, aparecem as lojas de vestuário, calçados e acessórios, com 28,8% (R$ 20,07 bilhões), e os estabelecimentos de artigos pessoais e domésticos, que devem movimentar 11,7% (R$ 8,16 bilhões).

“O Natal é a principal data comemorativa do comércio. Juntos, os segmentos de hiper e supermercados e de vestuário devem responder por aproximadamente 75% de tudo o que o varejo vende, principalmente por conta da demanda por alimentos para ceia”, explicou Fabio Bentes, economista-chefe da CNC.

A menor taxa de desemprego desde 2012, que chegou a 6,4% no trimestre encerrado em setembro, e o aumento real de 7% na massa de rendimentos em relação a 2023 são fatores que impulsionam o consumo neste final de ano, conforme aponta a CNC.

“O vestuário é o segmento mais democrático do varejo, com tickets bastante variados, atendendo todas as camadas da população. Esses dois segmentos devem fazer com que as vendas deste ano tenham um ligeiro crescimento, principalmente por conta do bom momento do mercado de trabalho”, afirmou Bentes.

Apesar do crescimento das vendas, o consumidor deverá enfrentar preços mais altos em itens típicos do Natal. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), produtos como livros (12%), cosméticos (9,5%) e alimentos (8,3%) registraram aumento médio de 5,8% nos últimos 12 meses. Em contrapartida, bicicletas (-6,2%), aparelhos telefônicos (-5,5%) e brinquedos (-3,5%) apresentaram queda de preços.

Os estados de São Paulo (R$ 20,96 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões) devem concentrar 55,5% do faturamento total previsto. Paraná e Bahia registram os maiores avanços percentuais, com aumentos de 5,1% e 3,6%, respectivamente.

O número de trabalhadores temporários no varejo deve ser menor em 2024. A CNC estima a contratação de 98,1 mil pessoas, cerca de 2,3 mil a menos do que no ano passado. Fabio Bentes explicou que o aumento de aproximadamente 240 mil vagas permanentes no setor nos últimos 12 meses diminuiu a dependência do trabalho temporário.

“Já para 2025, a expectativa do próprio setor é que sejam efetivados aproximadamente oito mil desses trabalhadores temporários”, concluiu o economista.

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