Nesta segunda-feira (22), completa-se 524 anos desde a descoberta do Brasil, um marco histórico que ainda suscita debates sobre os eventos que deram início à história do País. Oficialmente, Pedro Álvares Cabral é conhecido como o descobridor do Brasil, mas vários estudos contestam esse fato.
Em dezembro de 1498, uma frota sob o comando do navegador português Duarte Pacheco Pereira explorou o litoral brasileiro, entre os atuais estados do Pará e do Maranhão. Essa descoberta foi mantida em sigilo pelos reis portugueses D. João II e D. Manuel I, visando evitar que os espanhóis, então rivais, conhecessem seus projetos.
Pacheco Pereira, figura influente na época, foi encarregado das negociações entre Portugal e Espanha para o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494. Este tratado dividiu o “Novo Mundo”, reservando as terras a oeste de Cabo Verde para a Espanha e as terras a leste para Portugal, local que se localiza o atual Brasil.
Enquanto isso, em janeiro de 1500, o navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón desembarcou no litoral nordestino, três meses antes de Cabral. Porém, devido aos conflitos com nativos e ao Tratado de Tordesilhas, ele não pode reivindicar as terras brasileiras para a Espanha, pois estavam do lado português do Tratado.
Em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, avistando a região do Monte Pascoal, na Bahia. Após uma missa em 26 de abril, os navegantes permaneceram até 2 de maio, tomando posse da terra “em nome de Dom Manuel I e Jesus Cristo”.
A primeira referência ao Brasil foi como ‘Ilha de Vera Cruz’ na carta de Pero Vaz de Caminha. Entretanto, o território já era habitado por povos indígenas desde tempos pré-históricos.
O 22 de abril de 1500 marca a tomada de posse das terras brasileiras por Portugal de forma oficial, por este motivo é a data que os próprios portugueses sempre divulgaram como sendo da “descoberta”.
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