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Não é só no Catar. Brasília também tem seu “Golden Steak”

Que o chamado “Golden Steak” deu o que falar no final do ano passado, todos já sabemos. Afinal, correram pelo mundo as imagens dos jogadores da seleção brasileira, em plena Copa, se refestelando em torno dos bifões de ouro preparados pelo chef turco Nusret Gökçe, o Salt Bae, uma espécie de meme ambulante graças a seu jeito peculiar de salgar a carne.

Lógico que aflorou, em muita gente destas terras, após a perda do hexa, uma certa resistência não só ao processo de salga, que mais parece uma pantomima circense, mas também ao ato folhear as carnes com ouro – o que piorou com a chatice de ver o Salt Bae em campo, na final da Copa, forçando amizade com o cracaço Lionel Messi. Mas o preconceito, senhores, é a chave para perder boas experiências, especialmente gastronômicas.

 

O GPS não é disso. Não rotulamos nada e estamos abertos a tudo. Por isso, fomos conhecer o primeiro bife de ouro da cidade. Trata-se do Golden Steak do Berg, carne elaborada com folhas de ouro comestíveis e servidas no simpático Açougue do Berg, localizado na entrada da Asbac, ao lado do Pier 21.

 

Antes de passar ao comentário da comida, é importante destacar que Berg está para Salt Bae assim como o saudoso Pelé está para Neymar. Os dois entendem de carne, como os jogadores conhecem as manhas do futebol. Só que Pelé e Berg não são do tipo fingido ou exótico. São práticos, objetivos e simpáticos – tanto é assim que o craque das carnes circula pelos salões do seu restaurante com um sorriso amplo, como era comum ver no rosto de Pelé.

 

Mas também é fato que tanto o bife do chatíssimo turco quanto o Golden Steak do simpático Berg têm um certo ar de ostentação, o que não deixa de ser um diferencial. As folhas de ouro dão um toque de “luxo e riqueza” a uma peça que é nobre por natureza, um prime rib com aproximadamente 550 gramas. Mas não se preocupem: o ouro que vai à parrilla é comestível e não altera o sabor.

 

Berg não compara seu corte com o estilo de Sakt Bae. Mas é tão gente boa que topa até emular o turco, diante de pedidos dos clientes. Já a mágica da sua equipe é perfeita. A carne vem da parrilla no ponto exato, com a gordura marmorizada na medida e um osso que adorna e dá sabor (ele sim) ao corte. Custando R$ 490, o Golden Steak do Berg ajuda ainda a quem quer dar uma causada no Insta, pois as fotos, reels e stories ficam perfeitos.

 

“Queremos, no final das contas, marcar os momentos especiais de nossos clientes”, conta Berg.

 

Para guarnecer, escolhi a salada do Berg, mix de alface americana, tomate sweet, manga, presunto de parma, rúcula, amêndoas laminadas, mostarda e mel. Mas não faltam opções, entre as mais de 20 ofertadas no menu, como o arroz de costela, a cebola assada com molho Provençal e o macarrão de pupunha. A carta de vinhos tem mais de 150 rótulos. A casa também tem drinks autorais e vários tipos de cerveja. Dica de sobremesa? Não deixe de pedir a panqueca de doce de leite, acompanhada de gellato artesanal, que tem uma finalização na chapa quente, em plena mesa.  

 

Com um espaço amplo e arejado, o Açougue do Berg funciona todos os dias. A casa abre sempre às 11h45 e fecha à meia-noite de terça-feira a sábado. Nos domingos, vai até 22h. Às segundas, até 16h. Para os pais e mães, atenção: eles recebem bem as crianças, pois dispõem de brinquedoteca. O menu completo você confere em acouguedoberg.com.br. As reservas podem ser feitas nos números (61) 99175-6835 e (61) 2099-2989.

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