Na rota dos bares de vinho de Porto Alegre

O **vinho** nunca esteve tão em **alta**. Você já notou isso? Principalmente depois da **pandemia**, que impulsionou ainda mais essa tendência que já vinha pegando embalo.

Com esse aumento no consumo e a **“democratização” da bebida**, outra tendência que veio para ficar foi a dos _Wine Bares_, uma opção de diversão e consumo que não para de pipocar pelo País todo.

Cada vez que viajo, seja a trabalho ou por pura **diversão**, sempre dou um jeito de incluir alguns no meu **roteiro**. Afinal, a indicação médica já diz: uma **tacinha** por dia. Na minha última ida a **Porto Alegre**, me surpreendi com a quantidade de bares de vinhos que têm por lá. Existe até uma rua que parece dedicada a eles. Passei por quatro, um deles já estava fechando e acabei não conhecendo. Mas anotei o endereço pra contar para vocês.

Então anota aí. Ou melhor, **salva** esse texto com quatro **dicas** de lugares em POA, que você precisa conhecer.

**Dionísia Vinho Bar** – Esse lugar, que mistura **bar** e **restaurante** com perfeito equilíbrio, é praticamente um templo para os adoradores de vinho. É praticamente uma volta ao mundo em taças. A grande atração da casa é uma **parede com 64 torneiras** com **rótulos** de diversos países.


Assim que você chega recebe um cartão com um **chip**. Basta inserir o cartão nas máquinas, selecionar o **tamanho** da taça, que pode ser de 50ml, 75ml ou 125ml e se servir. De acordo com o vinho e com o tamanho da taça escolhidos, o **preço** é cobrado no cartão e você paga no final, juntamente com a conta. Os preços variam e começam em menos de R$ 15 por taça.

Para acompanhar as bebidas, a casa oferece um **menu** enxuto, porém certeiro. Entradinhas para compartilhar, alguns pratos para quem quiser jantar e sobremesas. Todos fáceis de **harmonizar** com as bebidas.

**Casa Vivá** – Esse é um _wine bar_ bem diferente, a começar pelo fato dele possuir a maior carta de **vinhos naturais** do País. Alguns, inclusive, produzidos pelo proprietário Cristian Silva, que faz vinhos de mínima intervenção, que não levam aditivos **químicos** ou **correções** durante o processo. Esse tipo de vinho vem ganhando espaço e conquistando cada vez mais adeptos.


Os vinhos “_naturebas_” não são novidade, eram assim na antiguidade e estão voltando com tudo.

Além dos rótulos pra lá de diferentes, outro ponto forte da _Casa Vivá_ são os **queijos** de pequenos produtores **artesanais** servidos por lá. Toda semana eles elaboram um cardápio com combinação entre os queijos, charcutaria e alguns vinhos. O local é um **charme** e dá para passar um bom tempo dentro da loja garimpando rótulos diferentes antes de sentar em alguma das mesas ao ar livre ou dentro da queijaria.

**Terrunyo Wine Bar** – Esse foi o lugar que eu passei e estava fechando. Uma pena, mas deve ser porque o local, apesar de ter mesinhas na calçada, servir **vinho em taça e comidinhas**, é uma loja. Na verdade, uma distribuidora de vinhos brasileiros e importados do mundo todo, com mais de 1.500 rótulos à venda.

**Vineria 1976** – é uma mistura de _wine bar_ e **restaurante**, totalmente dedicado ao vinho e que funciona apenas à noite e fica localizado em um casarão lindo na **Praça Maurício Cardoso**, no bairro **Moinhos de Vento**.


Ao começar a escrever qualquer matéria, sempre gosto de checar o **endereço** e horário de funcionamento, até mesmo para não passar nenhuma informação errada. Quando entrei no **Instagram** deles quase cai pra trás: o lugar fechou há pouco mais de duas semanas. Sei que eu podia ter deletado eles da matéria, mas um lugar **lindo**, com mais de sete anos, merece ter uma parte de sua **história** contada.

O nome do _wine bar_ é uma referência clássica ao vinho. Vineria é o _“estabelecimento que serve vinho”,_ um tipo de **bar italiano**. Já a numeração – 1976 – é uma referência ao ano do emblemático **Julgamento de Paris**, **degustação** às cegas entre vinhos Franceses e Californianos que _Steven Spurrier_ (jornalista Inglês que na época era um negociante de vinhos) organizou, e na qual os vinhos californianos foram considerados melhores que os clássicos do Velho Mundo. O fato correu o mundo e foi tão marcante que até virou filme.