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Na Agrishow, Bolsonaro critica homologação de terras indígenas e quilombolas

Aos gritos de “mito” e de “Lula ladrão”, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recebido pelos visitantes da principal feira agrícola do Brasil, a Agrishow, realizada em Ribeirão Preto (SP). Em meio aos ataques a yanomamis, Bolsonaro reforçou a importância do agronegócio para o País e criticou a homologação de terras indígenas e quilombolas. “Em uma das reservas indígenas, há 31 mil hectares e apenas nove indígenas lá, algo não está certo”, disse, sem detalhar a que área se referia.

 

Bolsonaro chegou acompanhado do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e fez um breve pronunciamento em uma solenidade reservada ao governador para liberação de títulos de revitalização fundiária, entrega de tratores para produtores rurais e assinatura de títulos de assentamento estadual. Ele elogiou a gestão de Tarcísio de Freitas à frente do Estado de São Paulo. 

 

Sem mencionar a disputa política com o atual governo, Bolsonaro disse que há momentos que devem ser considerados “como página virada”. “A nossa vida continua até o dia que Deus nos chame para a eternidade”, afirmou. “Eu tenho muita coisa para falar para vocês, mas, como sou ‘ex’, encerro por aqui”, disse o ex-presidente ao encerrar o pronunciamento no evento.

 

Após o pronunciamento, o Bolsonaro e o governador passearam por alguns estandes da feira, seguidos por centenas de visitantes que se aglomeravam e empurravam. Os dois subiram em tratores e acenaram aos apoiadores. Alguns dos eleitores de Tarcísio e Bolsonaro portavam bandeiras do Brasil, cantando, em coro, o hino nacional brasileiro.

 

A Agrishow é um reduto eleitoral do ex-presidente, que ainda mantém fortes ligações com o setor. A expectativa de sua presença vinha sendo amplamente divulgada no interior paulista. A presença de Bolsonaro no evento foi motivo de atrito entre a organização da feira e membros do governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

 

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a organização do evento sugeriu a ele que fosse apenas no segundo dia do evento, para evitar constrangimentos diante da presença de Bolsonaro na abertura. O gesto foi recebido no Palácio do Planalto como uma “descortesia” e como demonstração de uma priorização do ex-presidente.

 

Tradicionalmente, a feira recebia autoridades oficiais do governo na abertura. No começo deste mês, quando perguntada em coletiva de imprensa sobre a presença desses interlocutores, inclusive para articulação sobre crédito, a organização da feira mencionou a expectativa de presença do ministro da Agricultura ou do vice-presidente, Geraldo Alckmin.

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