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Elon Musk chama ministro Alexandre de Moraes de “ditador brutal”

Bilionário ameaça descumprir determinações judiciais e provoca embate com o Judiciário brasileiro
Em post publicado neste domingo, Elon Musk pediu a saída de Alexandre de Moraes do STF
Elon Musk | Foto: Flickr/Dan Matt

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Dono do X (antigo Twitter), Elon Musk subiu o tom e causou polêmica, nesta segunda-feira (8), ao chamar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “ditador brutal”.

Em uma publicação na plataforma digital que é de propriedade dele, o bilionário questionou o poder concedido ao magistrado e levantou críticas à suposta censura imposta pelo STF.

“Por que o parlamento permite a Alexandre [de Mores] o poder de um ditador brutal? Eles foram eleitos, ele não. Jogue-o fora”, registrou Musk numa publicação do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) sobre “censura” imposta pelo STF.

Musk foi ainda mais enfático ao afirmar que a lei se aplica a todos, inclusive a Alexandre de Moraes, e o convidou para um “debate aberto” sobre a derrubada de perfis na rede social dele.

O bilionário também acusou o ministro de ter “tirado Lula da prisão”, declaração que não condiz com a realidade dos processos penais do ex-presidente.

Em resposta às acusações de Musk, Moraes incluiu o bilionário em um inquérito que investiga uma suposta milícia digital e abriu outro inquérito para apurar possíveis crimes de obstrução à Justiça e incitação ao crime. Além disso, estabeleceu uma multa diária para cada perfil reativado na rede social, ameaçada de ser banida do País.

O embate entre Musk e o STF gerou repercussões no cenário político, com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, pedindo celeridade na discussão do projeto de lei que regulamenta as redes sociais. Pacheco destacou que não se trata de censura, mas de estabelecer regras para evitar a manipulação de informações e ataques às instituições.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, também se posicionou sobre o caso, denunciando um recente ataque coordenado pela extrema direita internacional contra a democracia brasileira. Messias ressaltou a importância das empresas de tecnologia respeitarem a legislação dos países onde atuam e defendeu