Yumi Kuwano No aniversário de 40 anos da abertura do primeiro Rock in Rio, em 11 de janeiro, o espetáculo Rock in Rio 40 anos – O Musical chega aos palcos da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, para celebrar o legado do maior festival de música do mundo. Com uma superprodução que conta com 30 atores no elenco, nove músicos e uma trilha sonora recheada de grandes sucessos, o musical é uma homenagem à história do evento, ao seu idealizador, Roberto Medina, e a todos os envolvidos na realização do festival.
Criado pela dupla de diretores Charles Möeller e Claudio Botelho, com supervisão musical de Zé Ricardo e direção musical do maestro Marcelo Castro, o espetáculo conta com um elenco repleto de talentos, como Bel Kutner, Malu Rodrigues, Beto Sargentelli e outros grandes nomes do teatro musical.
Rock in Rio 40 anos – O Musical não é apenas uma retrospectiva de um evento que marcou gerações, mas uma verdadeira celebração da música, da cultura e do espírito inovador que transformaram o Rock in Rio em um ícone global.
Foto: Divulgação
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História
O musical transporta o público para os últimos meses de 1984 e os primeiros dias de 1985, quando o Brasil vivia um momento de grandes transformações sociais e políticas. É nesse contexto que Roberto Medina e sua equipe enfrentaram desafios praticamente impossíveis para realizar o primeiro Rock in Rio, um festival de rock de proporções internacionais em um país que ainda não fazia parte do grande circuito de shows globais.
Ao contrário de outros projetos que focam nos shows lendários que marcaram o festival, a montagem opta por olhar para os bastidores, para os profissionais que trabalharam incansavelmente e que, muitas vezes, ficaram invisíveis para o público. “Vamos olhar para o backstage, para as pessoas que abdicam de suas vidas e famílias para que o evento aconteça”, explica Charles Möeller. “Foi o empenho dessas pessoas em 1984 que mudou a história do entretenimento no Brasil.”
A seleção musical foi um dos maiores desafios para os criadores, que precisaram integrar canções que marcaram todas as edições do festival, desde a primeira até a última, em 2024. Entre os grandes sucessos internacionais que farão parte do espetáculo estão Live and Let Die, de Guns N’ Roses, We Will Rock You, do Queen, Firework, de Katy Perry, e Crazy in Love, de Beyoncé. Já os hits brasileiros incluem Alagados, do Paralamas do Sucesso, A Queda, de Gloria Groove, e Rádio Blá, de Lobão, entre outros.
“Foi uma playlist infinita. Como a história do musical se passa na década de 1980, optamos por escolher as músicas que representaram o festival ao longo dos anos e que ajudam a contar a nossa história”, conta Möeller. A música, segundo o diretor, vai além de um simples número musical, sendo essencial para dar ritmo à narrativa e integrar os diálogos da história.
A trama é contada através das memórias de Elizabeth, personagem interpretada por Bel Kutner, que rememora os eventos que marcaram sua vida durante a produção do primeiro Rock in Rio. No palco, Elizabeth faz um grande flashback e relembra sua juventude, quando começou a trabalhar na agência de publicidade de Roberto Medina. Na versão jovem, é interpretada por Malu Rodrigues. Junto de João, um colega de trabalho vivido por Beto Sargentelli, Elizabeth testemunha o nascimento do evento.
Foto: Divulgação
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Homenagem a Roberto Medina
O musical também faz uma grande homenagem ao visionário Roberto Medina, que conseguiu concretizar o sonho de trazer um festival de grande porte para o Brasil. “Se estamos aqui hoje, é porque ele teve a coragem de sonhar com o impossível”, diz Möeller.
Em uma das cenas mais emocionantes do espetáculo, é inclusa a famosa canção Sonho Impossível, do musical Dom Quixote de La Mancha, como forma de prestar tributo ao grande idealizador do Rock in Rio e sua visão inovadora. A inspiração de Medina, que soube abrir portas e criar um ambiente propício para o nascimento de grandes eventos no Brasil, é um dos pilares centrais da narrativa do musical.
