Em comemoração aos 15 anos do Coletivo Coletores — a dupla Toni Baptiste e Flávio Camargo, da Zona Leste de São Paulo, que atuam na arte de rua desde 2008 –, Brasília receberá uma intervenção no Museu Nacional da República a partir do dia 13, uma quinta-feira. Com curadoria de Aline Ambrósio, a mostra ‘Signos de Resistência, Bordas da Memória’ estará na galeria principal do espaço, com mais de 250 obras da dupla.
“O conjunto de obras trará destaque para ícones e territórios do Brasil que foram apagados ou esquecidos, a exemplo da figura de Tebas, primeiro arquiteto negro do país, e ainda a história por trás das Igrejas dos Homens Pretos e de diferentes líderes sociais que foram perseguidos ou assassinados e se tornaram símbolos nacionais e internacionais na luta pela igualdade racial, pelos direitos humanos e pela vida”, explica a curadora.
A partir de um ponto de vista de Justiça Social, a exposição visa recontar a história da construção do Brasil a partir de memórias apagadas por colonizadores e heranças de preconceitos deixados na nossa comunidade. Ressaltando contradições hegemônicas, a proposta dos artistas é questionar e rememorar os signos que representam historicamente as lutas e resistências não apenas no território brasileiro, mas também em outros espaços de disputa das periferias do sul global.
Os coletores trarão intervenções urbanas digitais, fotografias, videomappings, animações, pichações e instalações multimídia organizadas em seis núcleos:
- Ícones da resistência;
- Bandanas-Bandeiras;
- Arquitetura: Territórios de Memória;
- PalavraCidade;
- Costurando Bordas;
- Percursos Insurgentes.
Além de obras icônicas dos artistas, haverá, ainda, outras 50 inéditas. Confira algumas peças e intervenções do coletivo: