Conhecer é estabelecer relações, como já diria Paulo Freire. Por isso que conhecer a história da própria cidade é primordial para a formação de cultura, identidade e afetividade com o berço em que se nasce, vive e mora.
Qual o melhor lugar para estabelecer esse tipo de afetividade se não museus? Por lá é onde as histórias são contadas e preservadas ao longo do tempo. Por isso, o GPS Lifetime fez uma lista de museus que todo brasiliense precisa visitar pelo menos uma vez na vida.
Em ordem cronológica, a lista traz a história de Brasília desde 1956 até os dias de hoje. Confira:
- Catetinho
Já foi casa temporária de Juscelino Kubistchek, mas caiu nas graças do presidente por conta do clima mineiro, pacato e tranquilo. Foi construído em apenas 10 dias, em novembro de 1956. O prédio é feito de madeira e conhecido como Palácio de Tábuas.
Apesar de ter sido a primeira residência oficial e, em seguida, tornado-se secundária, o local sempre recebeu a visita de JK, que adorava passar dias mais tranquilos por lá. Ali havia — e ainda há — uma nascente nomeada Tom Jobim. A intenção do batizado é homenagear a história, já que foi no local que a canção Água de Beber foi escrita.
- Museu da Cidade
De fácil acesso, o Museu da Cidade ou Museu Histórico de Brasília foi inaugurado ainda em 21 de abril de 1961, junto com a cidade de JK. Além de integrar o Conjunto Cultural Três Poderes, o espaço tem por objetivo preservar os trabalhos relativos à história da construção de Brasília.
É o museu mais antigo da capital, se levar em consideração que o Catetinho só se tornou museu anos após a construção.
A exposição é permanente e conta a história da capital. No acervo desenhos originais de Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e fotos da construção da capital. Um ponto fora da curva é que foi um dos primeiros museus a oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência visual.
- Memorial JK
Projetado por Oscar Niemeyer, o memorial é uma luta de dona Sarah Kubistchek em homenagem ao marido. Após a morte de Juscelino, em 1976, a viúva batalhou pela ideia e a tirou do papel em 1979.
O memorial traz uma das bibliotecas de Juscelino, além dos móveis originais de seu escritório pessoal. Mais tarde, no espaço, incluíram a sala de trabalho de dona Sarah. No segundo andar do memorial, peças icônicas de roupa, como o vestido e o fraque do casal Kubistchek, feitos especialmente para a posse de JK.
Sim, a história de JK conta e muito sobre a história de Brasília. Por isso, como uma das figuras centrais da cidade nos anos 1960, entender mais sobre JK é conhecer mais a capital federal.
- Museu Nacional da República
Parte do Conjunto Cultural da República, o MuN é previsto no projeto original de Lúcio Costa, desde 1957. A inauguração, no entanto, só ocorreu em 2006 e o projeto é de Oscar Niemeyer — naquele ano o arquiteto completara 99 anos.
O Museu Nacional faz parte do Conjunto Cultural da República, que inclui também a Biblioteca Nacional de Brasília. As exposições são provisórias e a agenda pode ser conferidas aqui.
- Museu de Arte de Brasília (MAB)
O Museu de Arte de Brasília é o mais novo da cidade e foi inaugurado em 2021. O espaço recebe mostras temporárias, mas tem o próprio acervo com quadros, esculturas, peças de design, fotografia e outros que encaixam-se do moderno ao contemporâneo.
Já recebeu peças de designers brasilienses, como Aciole Félix, Danilo Valle e Rafaela Gravia. Assim como, recentemente, uma exposição com quadros de orações e passagens bíblicas do Alcorão foram expostos na parte de baixo do museu.
O museu fica quase às margens do Lago Paranoá, e, por isso, é possível, depois das mostras disponíveis, fazer um passeio super agradável à beira lago.