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MPE do Rio pede cassação da chapa de Cláudio Castro

Castro e seu vice são acusados de abuso de poder político e econômico
Governador Cláudio Castro (PL-RJ) | Foto: Rogério Santana/Governo RJ

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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), e seu vice, Thiago Pompolha (MDB-RJ), tiveram seus pedidos de cassação reforçados pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE–RJ) nesta terça-feira (2). Os dois são acusados de abuso de poder político e econômico, por causa da criação de milhares de cargos secretos na Fundação Ceperj e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). As informações são do SBT News.

Este é o último estágio antes do julgamento do mérito na Ação de Investigação Judicial Eleitoral, que tramita desde o fim de 2022 no TER-RJ. A PRE agiu após o governo criar milhares de cargos secretos em programas sociais, tendo desvios como a contratação de funcionários fantasmas e o emprego de cabos eleitorais de candidatos aliados de Castro. O pagamento era feito em dinheiro, no caixa de agências bancárias.

Dezenas de milhares de pessoas foram contratadas como bolsistas na Uerj em programas de extensão, criados nas vésperas das eleições, sem transparência e objetivo claro. De acordo com o documento, todas essas ações levaram ao “evidente desequilíbrio do pleito”.

A PRE-RJ afirma que o esquema de “farra eleitoral” houve “ampla promoção pessoal” de Castro e Thiago. Os dois conseguiram vantagens se utilizando da máquina pública que os ajudaram durante as eleições. A soma do valor das irregularidades na Fundação Ceperj e na Uerj superaram R$ 1 bilhão em 2022, ano em que Cláudio Castro foi reeleito em primeiro turno com 58% dos votos.

“Não se mais discute aqui o fato de que a máquina pública foi manejada em ano eleitoral, com evidente desvio de finalidade. A ampliação e alteração dos projetos, a forma como foram executados de molde a beneficiar eleitores e cabos eleitorais demonstra de forma evidente que o poder de autoridade foi usado em prol da alavancagem da candidatura dos dois primeiros investigados [Castro e Pampolha]”- parecer do MP Eleitoral.