Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), apresentaram, nesta quarta-feira (11), denúncia contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por possível participação em esquema de apostas esportivas.
Recentemente, a Polícia Federal (PF) pediu o indiciamento do jogador de outras nove pessoas por crimes de fraude em competição esportiva e estelionato.
Segundo as investigações, o atleta teria forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos, ocorrida no dia 1° de novembro de 2023, em Brasília. Na ocasião, conforme a PF, o jogador “avisou previamente o seu irmão Wander Pinto Júnior acerca do seu plano de provocar intencionalmente a sua penalidade para propiciar que o último auferisse ganhos de apostas esportivas”.
Ainda de acordo com a PF, acredita-se que os envolvidos tenham lucrado entre R$ 700 e R$ 2,5 mil com as bets. O maior lucro individual foi de R$ 1,7 mil.
Os apostadores foram divididos em dois grupos, parentes e pessoas estranhas ao jogador e o maior lucro entre os estranhos foi de R$ 2,5 mil. A PF acredita que o atacante forçou uma falta em jogo contra o Santos, no Brasileirão de 2023, para levar cartão e validar aposta de parentes.
De acordo com as investigações, o valor total apostado foi de R$ 5.732,44, com um ganho total de R$ 17.007,01. Com isso, o lucro das apostas, como um todo, foi de R$ 11.274,57. Na família, três apostaram no cartão do jogador, seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, a sua cunhada e uma prima.
A ligação entre os dois grupos é o irmão de Bruno Henrique, Wander, que conhece Claudinei Vítor Mosquete Bassan, que tem relação com os outros cinco apostadores. Wander apostou o valor de R$ 380,86 e teve retorno de R$ 1.180,67.
À época do indiciamento, o Flamengo publicou uma nota sobre o assunto. “O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito”.