A 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou uma ação civil pública com pedido de indenização por dano moral coletivo contra a Sociedade Esportiva do Gama, o Brasiliense Futebol Clube, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) e a Arena BSB. A solicitação é de um pagamento solidário no valor de R$ 1 milhão.
Isso porque, em janeiro de 2022, uma partida de futebol entre o Gama e o Brasiliense, realizada no Estádio Nacional Mané Garrincha, se transformou em um cenário de violência e pânico devido a um confronto entre as torcidas organizadas Ira Jovem e Facção Brasiliense.
A confusão não apenas interrompeu o jogo por 55 minutos, mas também colocou em risco a integridade de diversas famílias que se viram obrigadas a se refugiar no gramado para escapar da violência. No episódio, os homens arrancaram as barreiras metálicas utilizadas para separar as duas torcidas, que têm histórico de rixas.
O Ministério Público já havia expedido uma recomendação, em 2019, para que a Federação de Futebol do Distrito Federal e os dirigentes dos clubes envolvidos impedissem a entrada de integrantes das torcidas Ira Jovem e Facção Brasiliense nos estádios. No entanto, a recomendação foi ignorada, o que resultou em mais um episódio de confronto e violência.
Além disso, a investigação do MP apontou a falta de experiência dos seguranças privados contratados pela administradora do estádio como uma das causas do ocorrido. A empresa contratada não possuía expertise em lidar com situações envolvendo torcidas organizadas e, além disso, a quantidade de agentes de segurança foi insuficiente para o público presente.
As informações são do MPDFT