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“Movimento de 64 salvou o Brasil do comunismo”, diz general Heleno à CPI

Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também defendeu a permanência dos acampamentos em frente ao Quartel General do exército

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Em depoimento à CPI dos atos antidemocráticos do dia oito de janeiro nesta quinta-feira (1), o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, defendeu o golpe militar de 1964, alegando que o Brasil seria vítima de um movimento comunista caso não houvesse intervenção do Exército.

 

Ao ser confrontado pelo deputado distrital Gabriel Magno (PT), sobre as tentativas de golpe recentemente enfrentadas pelo país, Heleno alegou que “a história foi deturpada”, e que as acusações sobre os crimes na ditadura são apenas um ponto de vista.

 

“As coisas são vistas apenas de um lado, o deputado acha que o movimento de 64 matou mais de mil pessoas, o que não aconteceu, e que foi um movimento de vingança, quando na verdade, o movimento de 64 salvou o Brasil de virar um país comunista, sem nenhuma dúvida”, declarou o General.

 

Heleno defendeu também os acampamentos instalados em frente ao Quartel-General do exército após a divulgação do resultado das eleições, classificando-os como um lugar “sadio”.

 

O acampamento foi sede para a formulação do plano para implantar uma bomba nas proximidades do aeroporto internacional de Brasília. O grupo permaneceu acampado em frente ao QG do exército por 3 meses, até a determinação do ministro Alexandre de Moraes para que deixassem o local.

 

Aos deputados integrantes da CPI, o general negou ter participado de qualquer planejamento visando um golpe de Estado.

 

Um golpe de Estado, para ter sucesso, precisa de um líder principal que esteja disposto a liderar. O golpe teria condições de acontecer se tivesse sido planejado. Não é simplesmente sair na rua e dar o golpe”, afirmou Heleno ao ser questionado pelo presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), sobre sua participação em posicionamentos do ex-presidente Bolsonaro sobre o sistema eleitoral brasileiro. 

 

As narrativas são fantasiosas, eu nunca participei de reunião com o presidente para discutir fechamento do Congresso ou do STF”, completou Heleno.

 

Com informações da CLDF