O delegado Onofre de Moraes, ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), faleceu na noite deste sábado (7) em decorrência de complicações causadas pela Covid-19. Moraes havia se aposentado em 2012, logo após deixar o comando da PCDF, durante o governo de Agnelo Queiroz (PT). Ele tinha uma carreira marcada por polêmicas e decisões que dividiram opiniões dentro da corporação.
A gestão de Moraes à frente da PCDF foi breve, durando apenas três meses. Ele assumiu o cargo em fevereiro de 2012, substituindo a então diretora-geral Mailine Alvarenga, que havia pedido demissão.
Logo no início, Moraes promoveu uma série de mudanças nas chefias das principais unidades da Polícia Civil, gerando descontentamento entre delegados e outros membros da corporação.
A ação foi vista por muitos como uma tentativa de reformular a estrutura da instituição, mas também causou turbulência interna.
Polêmica e queda
Durante seu curto período como diretor-geral, Onofre de Moraes viu sua gestão ser marcada por um escândalo que culminaria em sua saída. Em fevereiro de 2012, um vídeo gravado meses antes veio à tona, mostrando Moraes fazendo críticas contundentes ao então governador Agnelo Queiroz.
Nas imagens, gravadas em junho de 2011, enquanto era delegado-chefe da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), Onofre afirmava que Agnelo poderia deixar o governo “em um camburão da Polícia Federal” devido a denúncias de irregularidades cometidas durante a campanha eleitoral.
A repercussão do vídeo gerou grande mal-estar entre o governo e a Polícia Civil, forçando Moraes a deixar o cargo de diretor-geral apenas três meses após assumir a função.