O artista plástico Francisco Galeno morreu nesta segunda-feira (2), em Parnaíba, no Piauí, aos 68 anos. Reconhecido por unir o lirismo popular do Piauí à estética modernista de Brasília, Galeno foi encontrado sem vida em seu ateliê-residência. Segundo a família, ele estava com dengue.
Com ateliê também em Brazlândia, no Distrito Federal, Galeno é autor do painel da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, na 308 Sul, e deixou sua marca em espaços públicos do DF. Sua obra, celebrada por cores vibrantes e formas geométricas, é um tributo à cultura popular.
“Galeno era um poeta que escrevia suas poesias com o pincel“, declara o Embaixador Paulo Uchoa, um dos colecionadores e curadores do artista. “Sua obra é autêntica, lúdica, sincera, leve e tantas outras coisas. Fez do seu cotidiano a fonte de sua inspiração e nos deixa um legado de pura beleza. Vai fazer muita falta”, lamenta.

Imagens do ateliê de Galeno em Parnaíba
A marchand Onice Moraes representou Galeno por mais de duas décadas e recebeu a notícia de sua morte por intermédio do filho do artista, João, que auxiliava o pai em alguns projetos. A última exposição que ela fez do piauiense foi em 2023. Na sequência, as obras passaram uma temporada de seis meses na Galeria Celso Junior. Uma de suas últimas clientes em Brasília foi a empresária e sommelier Lara Torres, que adquiriu a famosa obra Pipa.
Agora, a família de Francisco Galena estuda a possibilidade de transferir o corpo para Brasília.
*Em atualização