Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, faleceu neste domingo (29) aos 100 anos. A informação foi confirmada por seu filho ao jornal The Washington Post. Carter liderou o país entre 1977 e 1981 e teve uma trajetória marcada por esforços diplomáticos e desafios econômicos.
Carter iniciou sua carreira política como senador e governador do estado da Geórgia antes de ser eleito o 39º presidente dos EUA. Durante seu mandato presidencial, enfrentou uma grave crise econômica, marcada por inflação alta e problemas no setor energético, reflexo da crise do petróleo de 1973.
Internacionalmente, foi reconhecido por mediar o acordo de paz entre Israel e Egito, assinado em 1978, durante as negociações de Camp David. No entanto, sua gestão foi abalada pelo sequestro de 52 americanos na embaixada dos EUA em Teerã, em 1979. Os reféns foram libertados apenas em 1981, já na administração de Ronald Reagan.
Após deixar a presidência, Carter fundou a Fundação Carter, em 1982, dedicada a promover a democracia, combater doenças e apoiar causas humanitárias. Sua atuação global lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002.
História
James Earl “Jimmy” Carter Junior nasceu em 1º de outubro de 1924, na cidade rural de Plains, na Geórgia. Ele se formou em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos em 1946, mesmo ano em que se casou com Rosalynn Smith. Durante sua carreira na Marinha, Carter serviu em submarinos nos oceanos Atlântico e Pacífico e se destacou no programa de submarinos nucleares.
Em 1953, após a morte de seu pai, deixou a Marinha para assumir os negócios da família, incluindo fazendas e uma empresa de suprimentos rurais.
Como governador da Geórgia, Carter promoveu reformas administrativas e se posicionou contra a discriminação racial. Já na presidência, priorizou acordos de paz internacionais e adotou medidas voltadas para a economia e energia.
Mesmo após deixar o cargo, Carter permaneceu ativo na política global, liderando missões de observação eleitoral e campanhas de saúde pública por meio de sua fundação.