O cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, conhecido como Jaguar, morreu neste domingo (24), aos 93 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo jornal O Globo. O artista estava internado no hospital Copa D’Or, onde tratava uma pneumonia.
Figura marcante do humor e da crítica social no Brasil, Jaguar foi um dos fundadores do jornal satírico O Pasquim, lançado em 1969. A publicação se destacou pelo tom ácido e pela postura crítica em relação à ditadura militar, tornando-se um dos símbolos da resistência cultural da época.
A carreira de Jaguar começou cedo: em 1952, aos 20 anos, passou a publicar seus desenhos na revista Manchete. Mais tarde, expandiu sua atuação e colaborou com veículos como Senhor, Civilização Brasileira, Pif-Paf e Tribuna da Imprensa.
Na televisão, assinou animações para as vinhetas do famoso “Plim Plim” da TV Globo, que marcaram gerações de telespectadores.
Ao longo de sua trajetória, Jaguar trabalhou ao lado de nomes históricos do cartum e do humor gráfico, como Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil e outros grandes artistas. Também publicou livros de sucesso, entre eles “Átila, você é Bárbaro” e “Ipanema, se não me falha a memória”.