O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, feito pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). O deputado é alvo de investigação na Corte e segundo o Tribunal, a visita violaria a proibição imposta a Bolsonaro de se comunicar com outros investigados ou réus.
Gayer afirmou ao STF que a visita teria caráter “estritamente institucional e humanitário, sendo motivada pela relevância do papel público exercido pelo ex-chefe de Estado e de governo e atual presidente de honra do PL, além da condição excepcional de saúde a que está submetido”.
“Em face da medida cautelar imposta ao custodiado Jair Bolsonaro pela decisão de 17/7/2025, consistente em proibição de comunicar-se com réus ou investigados em ações penais, ou inquéritos conexos, inclusive por meio de terceiros, indefiro a autorização de visita para Gustavo Gayer Machado de Araújo, uma vez que é investigado na PET 12.042/DF”, afirmou o ministro do STF.
O Supremo autorizou a visita de outros aliados do presidente, entre eles a vice-governadora Celina Leão (PP-DF) e dos deputados Domingos Sávio (PL-MG), Joaquim Passarinho (PL-PA), Capitão Alden (PL-BA) e Júlia Zanatta (PL-SC).
As visitas terão as datas definidas por Moraes e deverão ocorrer individualmente, para evitar que se transformem em reuniões políticas. As visitas de familiares não precisam de autorização prévia do Tribunal.