O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu negar o pedido de soltura dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, acusados de envolvimento na morte da ex-vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro. A prisão preventiva continua em vigor para garantir que não interfiram nas investigações em andamento.
“Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, havia solicitado transferência para uma sala de Estado Maior, mas também teve seu pedido negado pelo magistrado”, destacou a decisão de Moraes.
Os acusados apresentaram uma lista de 67 pessoas para serem ouvidas, incluindo o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que agora aguardam a decisão do ministro sobre a oitiva das testemunhas indicadas.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público e acatada pela Primeira Turma do Supremo, os três acusados foram citados na delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos que vitimaram Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Além dos irmãos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, o ex-policial militar Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, e o major Ronald Paulo de Alves Pereira também são apontados como envolvidos no crime.
A investigação aponta que a morte de Marielle Franco foi planejada durante seis meses, revelando um caso que chocou o país e levou a debates sobre segurança pública e violência política. Enquanto aguardam o desenrolar do processo, os acusados permanecem sob custódia para garantir a transparência e a isenção das investigações.