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Moraes diz que plano do golpe era prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que a Polícia Federal (PF) descobriu nas investigações sobre os atos do 8 de janeiro um plano para prendê-lo e enforcá-lo em frente ao Palácio do STF caso a tentativa de golpe de Estado desse certo.

Em entrevista publicada pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira (4), Moraes disse que a sentença em praça pública era um dos três planos descobertos pela PF que o tinham como alvo de pessoas contrárias ao regime democrático e à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, contou Alexandre de Moraes em entrevista.

Ainda de acordo com ele, a investigação da PF sobre o 8 de janeiro, já tornada pública, aponta que um suposto plano de derrubar o presidente Lula por meio de uma intervenção militar incluía o acionamento do Comando de Operações Especiais do Exército, em Goiânia, para efetivar a intervenção militar federal, com a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto.

Em uma das fases da operação Lesa Pátria, desencadeada em setembro, agentes foram às ruas para apreender provas contra integrantes das Forças Especiais do Exército que teriam dado início às invasões aos prédios públicos em 8 de janeiro. Peritos recuperaram imagens que apontam para a ação dos primeiros invasores, usando balaclava e luvas, abrindo passagem para o restante das pessoas pelo teto do Congresso Nacional – no prédio há uma passagem na cúpula que dá acesso ao Salão Verde, o espaço que leva ao plenário da Câmara dos Deputados.

Ainda na entrevista, o ministro do STF e presidente do TSE garantiu que “houve uma tentativa de planejamento”. “Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem”, disse ele.

Redação GPS

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