O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta sexta-feira (28), o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso da suposta fraude na carteira de vacinação contra a Covid-19. A decisão foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar o encerramento do inquérito, alegando falta de provas suficientes.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou o pedido de arquivamento na quinta-feira (27), argumentando que a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid não trouxe elementos que sustentassem a responsabilização criminal de Bolsonaro e do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Apesar da decisão favorável ao ex-presidente, outros investigados no caso seguirão sob apuração. As investigações sobre Mauro Cid e sua esposa, Gabriela Cid, serão enviadas a instâncias inferiores, uma vez que eles não possuem foro privilegiado.
A PGR tomou essa decisão após a Polícia Federal (PF) ter indiciado Bolsonaro, em março deste ano, por suposta associação criminosa e falsificação de dados no sistema do Ministério da Saúde.
Na ocasião, o relatório da PF apontou indícios de adulteração na carteira de vacinação do ex-presidente e de pessoas próximas a ele.