O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu pelo afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sem ter sido provocado ou ouvido órgãos de investigação, tampouco por parlamentares.
Segundo reportagem de _Matheus Teixeira_, da **Folha de S. Paulo**, é a primeira vez que um magistrado retira um chefe de Executivo do cargo sem que haja um pedido prévio.
A decisão de Moraes ocorreu no último domingo (8), quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Embora tenha sido uma decisão monocrática, a maioria do STF já referendou o afastamento de Ibaneis durante julgamento no plenário virtual.
Segundo Moraes, o afastamento do governador foi necessário para impedir que ele possa destruir provas sobre possíveis omissões que permitiram a invasão dos palácios. O magistrado classificou a conduta de Ibaneis como “dolosamente omissiva”.
“_Na presente hipótese, verifico haver necessidade de se impor medida cautelar diversa da prisão -uma vez que não houve representação da PF ou requerimento da PGR pela prisão preventiva- consistente na suspensão do exercício da função pública_”, afirmou Moraes.
