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Mononucleose: a ‘doença do beijo’ pode se agravar no Carnaval

Especialista afirma que existe um aumento de 20% a 30% na incidência de casos
(Canva Pro)

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Com a proximidade do Carnaval, é importante estar ciente dos riscos associados a certas doenças, incluindo a mononucleose, comumente conhecida como a “doença do beijo”. Esta condição viral, muitas vezes subestimada, pode se tornar mais prevalente durante o período festivo devido à troca frequente de saliva entre as pessoas.

O otorrinolaringologista José Stênio Ponte, da clínica Otorrino DF, e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia, afirma que existe um aumento de 20% a 30% na incidência da mononucleose infecciosa durante o carnaval.

Contágio e sintomas

A mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e pode ser transmitida através do contato com a saliva de uma pessoa infectada. Beijos, tosse, espirros e compartilhamento de utensílios pessoais, como copos e talheres, são formas comuns de contágio. 

Durante o Carnaval, onde a interação social é intensificada, o risco de propagação da doença aumenta significativamente.

Os sintomas da mononucleose incluem febre, dor de garganta, fadiga extrema, linfonodos inchados (gânglios linfáticos), dor de cabeça e erupção cutânea. Estes sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças virais ou bacterianas, o que pode levar a diagnósticos errôneos e tratamentos ineficazes.

Prevenção

A prevenção da mononucleose durante o Carnaval e em qualquer outra ocasião requer conscientização e práticas de higiene adequadas. Evitar o compartilhamento de utensílios pessoais, lavar as mãos regularmente e evitar o contato próximo com pessoas doentes são medidas importantes para reduzir o risco de infecção.

Além disso, durante as festividades carnavalescas, é essencial estar atento ao estado de saúde pessoal e evitar beijos ou contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de doença.

Tratamento e diagnóstico

O diagnóstico preciso da mononucleose geralmente é feito através de exames de sangue que detectam a presença de anticorpos específicos contra o vírus Epstein-Barr. 

Uma vez diagnosticada, o tratamento para a mononucleose envolve principalmente cuidados de suporte, como descanso, hidratação adequada e alívio dos sintomas com medicamentos analgésicos e antipiréticos.

É importante ressaltar que a mononucleose não responde ao tratamento com antibióticos, já que é uma doença viral. O uso desnecessário de antibióticos pode não apenas ser ineficaz contra a mononucleose, mas também contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana, representando um risco à saúde pública.

“A mononucleose é viral, e possui sintomas que confundem muito com o de amigdalite, mas no hemograma normalmente os leucócitos estão aumentados. O ideal é identificar a doença, porque ela é facilmente confundida com doenças bacterianas, e se for tratada com antibióticos, a doença pode piorar”, explica o otorrinolaringologista José Stênio Ponte. 

Em resumo, durante o Carnaval e em qualquer época do ano, é fundamental estar ciente dos riscos de doenças como a mononucleose e adotar medidas preventivas adequadas. 

A conscientização sobre os métodos de transmissão, sintomas e tratamento pode ajudar a proteger a saúde e o bem-estar de todos os foliões e membros da comunidade.

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