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Mochileiro de primeira viagem: guia de proteção contra furacões

Com tempestades tropicais cada vez mais comuns, não é surpresa que fenômenos do tipo aconteçam. Mas é preciso que todo turista tenha na ponta da língua esses esquemas de segurança

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Com a presença do furacão Ian nos Estados Unidos, especialmente na Flórida, diversos familiares de turistas brasileiros se encontram receosos com o evento. Por isso, o **GPS|Lifetime** te trouxe um _walkthrough_ para saber o que fazer caso seja pego desprevenido por uma situação dessas.

No Brasil, apesar de pouco comuns, os furacões podem acontecer principalmente nas regiões Sul do País. É preciso tomar cuidado. Saiba como se proteger.

![Mapa (Foto: NASA/Unsplash/Reprodução)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Reproducao_c585de32b5.jpg)

>”Nós não temos essa característica no Brasil, mas os furacões nascem no Oceano, como tempestades, e se tornam potentes. Os ventos chegam a acima de 200 km/h e, no Sul do Brasil, começou com ventos acima de 500km/h e alcançou mil km/h”, afirma a especialista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Houve inundações, e quedas de energia. (…) O recomendado pela Polícia Civil é evacuar o local, procurar abrigo e ficar em segurança até o furacão passar. A medida que ele passa, ele perde velocidade”, completa.

Costumamos ter ciclones e tempestades, mas não furacões. O recomendado pelas instituições públicas, geralmente, é buscar um local seguro após evacuar os locais atingidos tão logo se tenha a notícia do fenômeno.

O GPS|Lifetime teve a oportunidade de conversar com a doutora em Saúde Coletiva Silva Caldas, que viajou para visitar a filha e o genro nos Estados Unidos e foi surpreendida pelo fenômeno, mas conseguiu se informar a tempo, graças aos portais de notícia estadunidenses e às mensagens de SMS promovidas pelo governo norte-americano.

>”Estamos nos preparando para o furacão. Vai ter _lockdown _e preparação para evacuação caso seja necessário. Não conseguimos água nem muito papel, porque as prateleiras estão vazias e o povo cai em desespero. Estamos filtrando água e enchendo garrafão. Mochilas prontas para evacuação”, comunicou Silvia à amiga e vizinha, Alzimar Ramalho, assim que soube do fenômeno.

Ela e os familiares ficaram de _lockdown_ de quarta a quinta-feira, após os avisos do governo estadunidense chegarem com links para acesso aos manuais de orientação e projeções de rotas. Silvia também explicou que achou interessante a forma com que a comunidade norte-americana se organizou para ajuda mútua, principalmente através de canais de comunicação comunitários – muitos deles funcionando através de _walkietalkies_.

>”Os avisos começaram a chegar para todos e com os links de acesso a manuais de orientação e sobre as projeções de rota. Assim ninguém aqui foi pego de surpresa e sabíamos em quais locais ficar dentro de cada e até sobre como prolongar a vida de alimentos na geladeira em caso de faltar energia e água”, explicou Silvia ao GPS|Lifetime. “A orientação que recebemos era de estocar água, alimentos, remédios, roupas e documentos ou suporte de vida. Os alertas ocorreram nos celulares a cada movimento do furacão, e avisavam para nos protegermos e, se fosse o caso, ir a uma Shelter ou seja a um dos abrigos da região. As ruas foram mantidas livres para o tráfego de viaturas de socorro de várias naturezas”, completa.

Algo que Silvia notou nos EUA é justamente a capacidade de união da comunidade, já acostumada a sofrer com os fenômenos e desastres naturais que atingem a região – e alertou para que, com o tempo, as pessoas em todo o globo sejam treinadas para lidar com o ocorrido.

>”Fiz uma proposta de curso, há anos, em uma universidade de São Paulo, para capacitarmos profissionais para lidarmos com esses desastres naturais. Não levaram a sério. Estamos caminhando, com o aquecimento global, para crescentes desastres naturais do tipo. É preciso que os profissionais de Saúde no Brasil estejam preparados para isso”, alerta Silvia.

![Carro passando por enchente (Foto: Wade Austin Ellis/Unsplash/Reprodução)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Reproducao_a2d71a5689.jpg)

**Qual a diferença entre furacão e tornado**
Apesar de parecidos, os dois fenômenos possuem diversas diferenças – a maioria tem a ver com a intensidade, velocidade e área atingida. Os tornados, em geral, são menores mas alcançam maiores velocidades – tornando-os, assim, mais destrutivos – , enquanto os furacões são enormes porém mais lentos. Contudo, ambos representam uma ameaça aos desprotegidos.
Além disso, eles possuem diferença até mesmo em sua duração. O tornado dura no máximo cerca de 15 minutos, enquanto os furacões podem durar dias. Ambos fenômenos também são muito confundidos com os ciclones, que sempre surgem primeiro que os furacões, já que, em geral, estão associados às tempestades.

![Navio tombado (Foto: Yevhen Buzuk/Unsplash/Reprodução)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Reproducao_9e1ef54753.jpg)

**Como se proteger de desastres naturais**
– Tenha um kit de primeiros socorros e o mantenha por perto
– Se possível, esteja em grupo
– Racione comida e água potável
– Procure abrigo! O ideal é se antecipar pelo menos com duas horas do fenômeno
– Estoque água
– Não se movimente durante o fenômeno, espere passar (mas busque ajuda caso preciso)
– Mantenha-se informado, veja se é seguro sair do abrigo
– Passado o perigo, busque por pessoas precisando de ajuda (idosos, crianças)
– Cuidado ao entrar em destroços
– Procure um lugar seguro e com sinal para manter comunicação
– Procure o consulado (caso esteja fora do Brasil) e instituições governamentais
– Passado o desastre, calcule os danos e ligue para a seguradora após situação devidamente estabilizada

Em situações de risco, o ideal é manter-se longe de vidros, janelas, e buscar abrigo em uma distância razoável do incidente, se mantendo sempre em segurança e com estoque de alimentação e água. Não se esqueça, porém, se mesmo em situações de calmaria, manter um kit de primeiros socorros no carro ou próximo de locais de saída, para que você não precise buscar pelos objetos (que listaremos a seguir) necessários para sua sobrevivência.

![Casa destruída (Foto: John Middelkoop/Unsplash/Reprodução)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Reproducao_6974f8424a.jpg)

**Quais são os itens necessários para os primeiros socorros**
– Seus principais documentos (passaporte, identificação, CNH) com foto (anote seu tipo sanguíneo e alergia de souber)
– Alimentos não perecíveis (e/ou enlatados)
– Pederneira (isqueiro, fósforo, etc)
– Água engarrafada
– Fita adesiva e objetos do tipo para manutenções
– Lanternas
– Pilhas
– Bastões luminosos (SOS)
– Gerador ou carregadores portáteis
– Sacos de dormir
– Faca de sobrevivência
– Rádio e aparelhos de comunicação que não ocupe espaço
– Linha de nylon e agulha para sutura
– Corda (5m)
– Lona plástica impermeável
– Bandagem e kits de saúde (iodo, álcool, antibióticos, analgésico, remédios principais, protetor solar)