Mochilas vazias no Congresso lembram vítimas de violência em escolas

O movimento cívico Avaaz, com 19 milhões de membros no Brasil, colocou 35 mochilas em frente ao Congresso para homenagear as 35 vítimas que morreram em massacres em escolas no país desde 2012. O evento acontece no dia da aguardada votação no Congresso do PL 2630/20, o PL das Fake News, que é o primeiro projeto de lei da história do Brasil com o objetivo de regular os danos causados pelas plataformas de redes sociais.

 

Uma pesquisa encomendada pela Avaaz e realizada pela Atlas Intel mostra que 93,7% dos brasileiros e brasileiras acreditam que as redes sociais não são seguras para crianças e adolescentes, e uma ampla maioria acha que a falta de regulação contribuiu para os recentes ataques nas escolas.

 

Laura Moraes, diretora de campanhas da Avaaz, falou sobre o PL das Fake News. “Esta lei é sobre proteção. É sobre proteger nossos filhos e filhas de massacres, nossas famílias da polarização, nossa democracia de ataques e a nossa saúde de notícias falsas. É para todos os brasileiros e brasileiras que os parlamentares devem aprovar o projeto de lei 2630/20”.

 

A falta de regulação das redes sociais já demonstrou ser perigosa. Os recentes ataques em escolas no Brasil foram incentivados por publicações que os estimulavam nas redes sociais.

 

 

 

 

 

Fotos: Divulgação/Avaaz

 

Além disso, estudos mostram uma forte correlação entre o uso das redes sociais e transtornos mentais entre adolescentes. Atualmente, no Brasil, ninguém tem o poder de monitorar as plataformas de redes sociais, responsabilizá-las por suas ações e garantir que elas não causem danos à sociedade.

 

De fato, o Twitter se recusou a retirar do ar os perfis que justificavam os ataques em escolas. Quando questionado por jornalistas sobre essa decisão, o Twitter respondeu apenas com um emoji de cocô.

 

Caso o PL 2630 seja aprovado da forma como está atualmente, ele vai trazer mais honestidade, transparência e responsabilidade para as redes sociais. As plataformas terão que responder pelos perigos que seus serviços apresentam à sociedade, se comprometer com melhorias concretas, reportar publicamente seus sucessos e fracassos, e enfrentar consequências caso não tomem atitudes quando necessário.
 

De acordo com uma nova pesquisa feita pela Atlas Intel para a Avaaz, a ampla maioria da população brasileira quer que as redes sociais sejam regulamentadas.

 

A pesquisa revelou que:

 

– 94% dos brasileiros e brasileiras acredita que as redes sociais são prejudiciais para crianças e adolescentes;

 

– 78% dos brasileiros e brasileiras quer uma lei para regulamentar as redes sociais;

 

– 74% acha que a falta de regulação contribuiu para os recentes ataques em escolas em vários estados do país;

 

– 73,8% dos evangélicos e 78,4% dos católicos que responderam à pesquisa são a favor da regulação das redes sociais;

 

– 61% dos eleitores de Bolsonaro também querem a regulação.

 

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