Os ministros das Relações Exteriores árabes pediram, nesta quarta-feira (11), um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o Hamas, em Gaza. O apelo foi divulgado em comunicado, após uma reunião na sede da Liga Árabe, no Cairo, que foi convocada pelos palestinos para discutir os últimos desenvolvimentos na guerra Israel-Hamas.
Os ministros também apelaram a Israel que ponha fim ao cerco a Gaza e permita a entrega de ajuda humanitária, alimentos e combustível aos palestinos na região de guerra.
Os Estados Unidos também estão negociando para permitir a passagem segura de civis para fora de Gaza, afirmou o porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby. Ele observou que Israel e o Egito são os dois atores mais importantes nesse processo. “São inocentes, não fizeram nada de errado, por isso queremos ter certeza de que eles terão uma saída”, disse.
Ajuda humanitária
Em meio a intensificação do bloqueio da Faixa de Gaza, grupos humanitários buscam formas de continuar ajudando civis que estão no meio do conflito entre Israel e o Hamas. A contraofensiva aérea israelense à Gaza impediu a entrada de alimentos, combustível e outros suprimentos no território. A ONU e entidades de direitos humanos manifestaram preocupação e solicitaram que as restrições sejam evitadas na região onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas.
De acordo com um militar egípcio que falou em anonimato, a Cruz Vermelha do Egito está enviando mais de duas toneladas de suprimentos médicos e organizando a entrega de alimentos para Gaza. Uma passagem entre os dois países está sendo utilizada pela ONU e outras entidades de apoio humanitário para enviar ajuda.
Os suprimentos médicos de sete hospitais de Gaza já foram esgotados, segundo a OMS, que tem se organizado para conseguir mais recursos. Desde os ataques aéreos no campo de refugiados de Jabalia, no norte da cidade palestina, os Médicos Sem Fronteiras informaram que forneceram tratamentos a mais de 50 feridos. O grupo depende de suprimentos para continuar com os atendimentos. “Se não houver mais combustível, não haverá mais instalações médicas porque não podemos operá-las sem energia”, disse Emmanuel Massart, coordenador adjunto da organização em Bruxelas.